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domingo, 28 de novembro de 2010

ANTENE-SE especial: MULTISHOWHD exibe hoje Rush: Além do palco iluminado


Sinopse

A banda canadense RUSH possui um dos séquitos mais devotados do rock e é reverenciada por diferentes gerações de músicos. Ainda assim, nunca obteve grande reconhecimento da crítica e ignora-se a real dimensão da repercussão de seu trabalho na história do rock. Da infância dos integrantes em Toronto aos dias de hoje, passando pelo lançamento de seus álbuns mais marcantes, o fenômeno de seu duradouro sucesso e sua carreira de 40 anos são explorados através de imagens de arquivo inéditas e entrevistas com artistas como Gene Simmons (Kiss), Sebastian Bach (Skid Row), Kirk Hammett (Metallica).










[Resenha] Rush: além do palco iluminado.



Prezado San Dunn,
a gente sabe que você não é cineasta, você é antropólogo, mas acho que você, mais uma vez, acaba não fazendo nem uma coisa nem outra. O “Metal: a headbanger’s Journey”, seu primeiro filme, partia de uma questão interessante e pertinente, qual seja: Como e porquê uma subcultura so fuckin’ huge consegue ser tão ignorada e marginalizada. O filme não chegava numa resposta e, de verdade, não importava muito, mas o modo como o Heavy Metal foi mostrado pela primeira vez como uma subcultura (embora você naõ use o termo nem o conceito uma única vez) já valia a pena. “Global Metal” foi mais do mesmo. Não “infrói” nem “contribói” (como diz minha vó) saber que existe uma cena heavy metal no Brasil ou na India mas, beleza. Você provavelmente estava aproveitando o hype e eu não condeno isso.
Já “Flight 666″ é um rockumentary bastante honesto. Não tem nenhuma pretensão além de ser um registro de uma turnê história de uma das bandas mais fodas ever, oIron Maiden, e ainda rende alguns momentos bastante emocionantes como o fã que, após o show de São Paulo, chora compulsivamente segurando a baqueta do Nicko McBrain. Mas aí aconteceram duas coisas: as bandas descobriram norockumentary uma ótima forma de promoção e o cinema (mais especificamente aBanger Films) descobriu um mercado promissor. Daí nasceu “Rush: além do palco iluminado”.
O foda é que o filme promete ir além e não cumpre. Por mais que o Rush seja uma banda foda (e, merda, tô com Tom Sawyer grudada na minha cabeça até agora) e a banda tenha uma história legal, nada disso sustenta um filme de duas horas. Se, por um lado, “Flight 666″ poderia ter explorado os conflitos internos do Iron Maidenmas decide ficar na pelação de saco e no papinho de fã, por outro o Rushpraticamente não tem conflitos. Os caras são um bando de nerds certinhos (e eu finalmente entendi porque tantos nerds gostam de Rush. Talvez seja possível dizer que o Rush é uma banda nerd). Nas cenas que aparecem nos créditos o vocalista Geddy Lee brinca dizendo que “finalmente as pessoas vão descobrir o quanto nós somos entediantes”, o que, ironicamente, é a sequencia mais divertida do filme inteiro.
Tudo bem que nem toda banda de metal consegue ser um Metallica com uma história cheia de conflito (aliás, Some Kind of Monster é um puta filme! Um puta documentário que chega a ficar, na minha singela listinha pessoal, pau a pau comGimme Shelter) mas, sei lá, acho que essa onda de documentário sobre banda de rock podia, só pra variar, ir um pouquinho além do filme pra fã, além da babação de ovo, além do óbvio. Em outras palavras, além do palco iluminado. No mais, pros fãs vai ser mais um DVD pra coleção.
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Ficha Técnica:
Gênero: Documentário
Duração: 107 min.
Produtora(s): Banger Fims
Diretor(es): Sam Dunn, Scot McFadyen
Roteirista(s): Sam Dunn, Scot McFadyen
Elenco: Sebastian Bach, Jack Black, Jimmy Chamberlin, Les Claypool, Tim Commerford, Billy Corgan, Kirk Hammett, Taylor Hawkins, Geddy Lee, Alex Lifeson, Kim Mitchell, Kelly Paris, Vinnie Paul, Neil Peart, Mike Portnoy

23:30

Rush: além do palco iluminado

horário alterativo
DOM 28 NOVEMBRO 23:30
DOM 28 NOVEMBRO 23:30

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