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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As apostas do indie rock para 2011 - por KID VINIL

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Com uma indústria do disco quase falindo e rede lojas como a HMV inglesa fechando as portas, só restaram as lojinhas independentes, nos grandes mercados como Europa e Estados Unidos. Essa discussão sobre o fim dos formatos físicos, principalmente o CD e a tentativa de resgatar o vinil já não é novidade alguma. O importante é saber, como as bandas e os artistas sobreviverão daqui para a frente. Muitas dessas respostas estão na Internet, pois a maioria das bandas da última década apareceram para o grande público pela rede. Exemplos práticos desse procedimento na cena indie rock foram nomes como Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, Lilly Allen, The Killers, Phoenix e Hot Chip.
A última década revelou muita gente da cena indie rock  que acabou de certa forma até se aproximando do mainstream e desfrutando de um certo estrelato. Tudo começou em 2000, com o aparecimento dos Strokes, a banda que pavimentou o caminho de tudo o que veio depois. Até hoje a banda do vocalista Julian Casablancas e do baterista brasileiro Fabrizio Moretti serve de referência para os novatos que surgem.
Uma boa notícia para os fãs é que em março deste ano finalmente sairá o tão aguardado quarto álbum dos Strokes. Se no ano passado pouca coisa aconteceu no terreno mais pop do indie rock, este ano promete com lançamentos de novos discos do Arctic Monkeys, Kasabian, Glasvegas, The Ting Tings, The Horrors,  Kaiser Chiefs e  Elbow. Essas são algumas bandas da cena indie rock que se destacaram nessa década e que criaram uma expectativa.
Nesse cenário indie rock, muitos acabam decepcionando quando lançam seu segundo trabalho. Principalmente quando o primeiro disco é repleto de hits, fica uma responsabilidade de um segundo trabalho com o mesmo potencial.  Bandas  recentes como Kaiser Chiefs e Bloc Party não conseguiram até hoje repetir o mesmo sucesso de seus álbuns de estreia.
Poucos sobrevivem a esse teste do segundo álbum. Na última década, bons exemplos de sobrevivência foram os americanos do  Kings of Leon e The Killers. O Kings of Leon chegou ao seu quinto álbum em 2010, talvez o mais fraco de todos, mas mesmo assim sobreviveu e acabou se tornando banda de grandes festivais. Da mesma forma, os garotos de Las Vegas, The Killers, abraçaram os  festivais com três bem sucedidos  álbuns de estúdio e uma coletânea de singles. Das bandas que sobreviveram a todas tempestades, teremos ainda neste ano discos de:  REM, Foo Fighters, Coldplay, Beastie Boys e Radiohead.
Resta saber quais serão as novidades para 2011, em quem o mercado vai apostar suas fichas. O ano passado foi muito fraco para as bandas do indie rock mais radiofônico e as pistas ficaram com poucos hits. A maioria das bandas resolveram mergulhar em discos mais conceituais e menos agitados. Em 2011, a cena indie aposta nas bandas com maior potencial de criarem hits grudentos. Seguem alguns nomes bem  cotados nesse gênero:
The Vaccines
Banda inglesa e um dos maiores hypes para 2011. Com apenas um compacto independente de vinil lançado em edição limitada no final de 2010, o grupo chamou a atenção da crítica, criou o barulho pela internet e acabou se apresentando ao vivo no programa de Jools Holland na BBC, antes mesmo de gravar seu álbum de estreia, que sai sómente em março deste ano. Já foi capa de várias publicações, incluindo o semanário New Musical Express, e assinou com a Sony Music para o lançamento desse primeiro disco. Os garotos são de Londres e o guitarrista Freddie Cowan é irmão de um dos dos integrantes da banda The Horrors. A sonoridade do Vaccines é simples demais, as referências básicas são Ramones, Strokes e Jesus & Mary Chain.
Mona
O nome é bem simples para esse quarteto de Ohio que atualmente reside em Nashville. Muitos os anunciam como um novo Kings Of Leon, mas só o tempo poderá dizer se os garotos conseguirão sobreviver até o lançamento de seu álbum de estreia, em maio deste ano. Por enquanto, o Mona lançou apenas dois compactos de vinil independentes e assinou recentemente com o selo Island, uma grande gravadora inglesa que os distribuirá mundialmente.
Funeral Party
O nome não é nada atraente, mas a banda é uma promessa de que teremos um pouco de hardcore californiano para agitar 2011. Semana que vem sai nos Estados Unidos o álbum de estreia do Funeral Party, chamado “Golden Age of Nowhere”. O quarteto de Los Angeles chega apadrinhado por um dos integrantes do Mars Volta, que ajudou na produção do disco e faz o que poderíamos chamar de uma versão mais pop do extinto  At The Drive-In.
Beady Eye
Para os órfãos do Oasis  e Smiths, os ingleses estão apostando numa série de grupos novatos como Brothers, Chapel Club e Frankie & The Heartstrings. Porém, o mais cotado é o Beady Eye, a banda que o vocalista Liam Gallagher montou logo após o final do Oasis, resgatando seu baixista e o guitarrista para nova formação, que agora inclui um teclado mais atuante para a sonoridade não ficar tão parecida com a do Oasis. Dia 28 de fevereiro sai o álbum de estreia, que leva o título “Different Gear, Still Speeding”. A influência Beatles continua presente, tem até uma música no disco chamada “The Roller”, que parece com “Instant Karma” de John Lennon.
Anna Calvi
Depois de Florence & The Machine em 2009, agora é a vez de uma garota londrina, que toca guitarra e canta de forma sensual como PJ Harvey e sofre fortes influências de Tom Waits e Nick Cave. Seu álbum de estreia  acaba de sair lá fora e foi cercado  de elogios de toda criítica. Assista a esse vídeo de Anna Calvi e depois me diga se a garota não  tem futuro?

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