Britânico quer fazer chorar nesta quarta (24) no Rio e quinta (25) em SP.
Ele garante não se importar com vendas e listas de melhores guitarristas.
Em entrevista ao G1, por e-mail, Beck comenta a invejável performance nas paradas e discorre brevemente sobre sua coleção de guitarras (ele já perdeu a conta de quantas tem). Sem deixar de descrever alguns momentos aguardados para os shows no Brasil, como "Nessun Dorma", ária da ópera Turandot, do italiano Giacomo Puccini (1858-1924), o guitarrista foi sucinto ao falar de Rod Stewart e muito mais generoso ao descrever a parceria com o produtor inglês George Martin.
Jeff Beck - Estou ansioso para tocar em São Paulo, levando a banda comigo. Esperamos que os fãs apreciem o show...
G1 - Como foi recriar uma versão que respeitasse a magnitude da performance em estúdio de "Nessun Dorma", sem uma orquestra de 64 músicos?
Beck - Zucchero [músico italiano] me chamou no último verão para vir e tocar em um concerto em Viareggio [na Itália] para arrecadar dinheiro para as vítimas de um acidente de trem. Então, eu fui só com Jason Rebello (meu tecladista) e decidimos fazer algo completamente diferente. “Nessun Dorma” parecia a escolha perfeita e foi um enorme desafio. Quando tivemos a passagem de som, Zucchero e toda a equipe ficaram com lágrimas em seus olhos. Na primeira vez que tocamos para o público, ele enlouqueceu.
G1 - "Emotion & comotion" foi sua melhor estreia nas paradas como artista solo. Os seus fãs ainda te surpreendem?
Beck - Os fãs não me surpreendem. O que me surpreende é a quantidade de jovens que me ouvem hoje. Estou muito feliz que minha música emociona tantas diferentes faixas etárias. Este é o primeiro álbum que eu lancei em sete anos e é bem diferente do meu trabalho habitual, mas ainda assim foi bem recebido. Felizmente.
Beck - Sir George Martin [produtor dos Beatles] me pediu para fazer uma cover de "In my life" em seu álbum de 1988. É uma obra fantástica e adoro tanto tocar, como as pessoas adoram ouvir. Eu também ganhei um Grammy por ela e fiquei muito orgulhoso por isso.
G1 - Você é um dos melhores guitarristas de todos os tempos, e George Martin é um dos melhores produtores de todos os tempos. Como é trabalhar com ele? O que Martin tem que os outros não têm?
Beck - George é um grande amigo e eu tenho muito respeito por ele. Quando eu estava no estúdio com ele, tentava sempre me comportar e nunca quebrar "as regras", na hora de tocar guitarra. Ele é honesto e foi direto ao ponto. Ele sabe o que funciona e o que não funciona. Tenho ótimas lembranças do meu tempo com George. Devo muito a ele.
Beck - Eu tenho um monte de guitarras, mas não sei quantas no total. Minha guitarra principal no momento é uma Fender "Strat". Na turnê deste ano só tenho uma reserva, por precaução. Uso também a minha Gibson Les Paul para outro número.
Beck - Eu tenho trabalhado com muitos cantores carismáticos e Rod é um deles.
G1 - Você gosta de saber em que posição você está na lista dos melhores guitarristas de todos os tempos? Você se importa com esse tipo de coisa?
Beck - Eu não leio esse tipo de coisa. Tudo o que eu preciso saber é se os fãs ainda gostam do que faço, compram meus discos e vêm aos shows.
G1 - Após 45 anos na música, quais seus arrependimentos? Você se arrepende de ter gravado "Hi ho silver lining" [uma de suas canções mais populares, de 1967]?
Beck - Não e não… Eu não sou bom cantando, deixo agora meu guitarrista cantar por mim. Então, claro que fiquei nervoso por cantar naquela vez. Mas posso dizer que é uma música cativante e, de alguma forma, foi um grande hit.
Jeff Beck no Brasil
Rio de Janeiro
Onde: Vivo Rio — Avenida Infante Dom Henrique, 85, Flamengo
Quando: 24 de novembro
Ingressos: a partir de 25 de agosto, no site www.ingressorapido.com.br
Preços: entre R$ 100 e R$ 400
Onde: Via Funchal - Rua Funchal, 65, Vila Olímpia
Quando: 25 de novembro
Ingressos: a partir de 25 de agosto, no site www.ingressorapido.com.br
Preços: entre R$ 100 e R$ 300
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