Menos de uma semana depois de anunciar o cancelamento do show do cantor britânico Seal, a produtora cearense D&E Entretenimento volta à pauta dos espetáculos internacionais em Fortaleza. A novidade foi o anúncio, na segunda-feira, via microblog Twitter, de uma apresentação do cantor havaiano Jack Johnson.
As informações confirmadas ainda são poucas. O show deve acontecer no dia 27 de maio, no Marina Park Hotel, em uma parceria D&E e Arte Produções. As vendas serão iniciadas no dia 1º de abril, mas não há definição de preços ou locais de venda.
A passagem de Jack Johnson pelo Brasil em 2011 era dada como certa desde o ano passado, quando o cantor deu início a sua turnê mais recente, To the Sea Tour. Primeiro, falou-se em dois shows, para o começo de abril, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro. Até agora, só foi confirmado outro show, em Brasília, no dia 25 de maio.
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Jack Johnson despontou no cenário pop no começo da década passada. Surfista, conquistou de cara o público que gosta de pegar ondas, com um versão pop e suave da música folk, num clima zen. O cantor já lançou cinco álbuns de estúdio.
Riscos
A expectativa de público, de acordo com o diretor da D&E, Eberth Santos, é de, pelo menos, 10 mil pessoas. "O Jack Johnson é um artista com um público considerável, já ganhou diversos prêmios e vendeu muitos discos", declarou.
Eberth revelou que a oportunidade de trazer o cantor para Fortaleza veio quando ele divulgou a pretensão de excursionar pela América Latina. "Aí entrou nosso feeling de negócio, sentimos que poderia ser uma boa", acrescentou Eberth. "Trata-se de um negócio de risco, mas só trazemos quando vemos que é possível arcar com os custos e com a logística".
O tema logística, aliás, traz à tona o recente caso do cantor britânico Seal, que teve uma apresentação cancelada, em Fortaleza. O show estava marcado para 26 de março, mas, por "problemas de logística", não acontecerá mais. "Todo mundo disse logo que o motivo era a baixa venda, mas isso não seria motivo para cancelar. Trabalhamos com riscos e iríamos até o fim, mas mudanças da logística do artista no Brasil aumentariam demais os custos e não seria mais viável", explicou.
Eberth garante que mais shows internacionais devem acontecer na cidade daqui pra frente. "Estamos atentos a todas as possibilidades. Estes shows têm sido muito importantes para a autoestima da cidade, que era carente disso. O que vier para o Brasil e couber no mercado da cidade, pode ter certeza de que faremos de tudo para trazer", garantiu. "E tem mais: nossa briga é para ter Fortaleza abrindo as turnês nacionais".
Como exemplo ele citou a cantora Shakira, que desembarcou, na última segunda-feira, no Brasil para apresentações em Porto Alegre, Brasília e São Paulo. Fortaleza chegou a ser cogitada para receber a colombiana, mas os custos totais (incluindo cachê), chegariam a US$ 1,4 milhão. "Fortaleza ainda não comporta um show assim, os ingressos seriam caros demais para o mercado local", avaliou o produtor Eberth Santos.
DELLANO RIOS/FILIPE PALÁCIOEDITOR/ REDATOR
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