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BEM VINDOS AO BLOG DO SÃO ROCK


Nossa História

Em junho de 2005, seis amigos se reuniram para comemorar seus aniversários, que por coincidência dos deuses do rock, eram todos na mesma semana. Resolveram chamar a banda de um amigo de Crato (Michel Macêdo, da Glory Fate). Também chamaram duas bandas locais (SKP e ET Heads), e fizeram a trilha sonora desta festa, que a princípio era exclusiva a aniversariantes e seus amigos. Sem querer, nascia ali o festival SÃO ROCK – o dia em que o rock foi pro brejo!
O sucesso da primeira edição obrigou uma continuação. Dois anos depois, já em 2007, veio a segunda edição, agora com a participação de bandas de Fortaleza, e aberto ao público. O sucesso consolidou o evento, e perpetuou essa data no calendário do rock cearense.
Pelo festival já passaram nomes de peso no cenário cearense, como Artur Menezes, Felipe Cazaux, Caco de Vidro, banda One, Killer Queen, Glory Fate, Zeppelin Blues, Renegados, banda Void e tantos outros que abrilhantaram noites inesquecíveis, regadas à amizade, alegria e o bom e velho rock´n´roll.
Hoje, o que se iniciou com um simples aniversário, tomou enormes proporções, estendendo seus ramos, diversificando os estilos e abrindo espaço para mais e mais bandas que querem mostrar seu talento em nossa terra. Agora são duas noites de festival, além da Caldeira do Rock, que leva bandas alternativas para a praça pública, numa celebração maravilhosa, onde congregamos amigos de todas as cidades circunvizinhas e de outros estados, irmanados pelo amor ao rock.
Não para por aí. Queremos tornar o São Rock uma marca que não promova apenas um festival anual, mas que seja um verdadeiro tablado que promova eventos de rock durante todo o ano! Assim, poderemos desfrutar do convívio saudável e também marcar nossa presença, dizer que temos voz e vez, numa cultura tão massificada por músicas desprezíveis e por gêneros impostos ao povo! Fomos, somos e sempre seremos roqueiros!
Portanto, venha participar dessa irmandade, apóie, divulgue, patrocine essa idéia, e seja mais um que ajuda a construir esse espaço!

Esse é o BLOG oficial do festival SÃO ROCK, que ocorre todo ano em Brejo Santo - Ceará. Criado "acidentalmente" por aniversariantes que comemoram na mesma semana e que se uniram para fazer uma única celebração voltada ao nosso gosto músical o ROCK. Além disso o blog divulga noticias e eventos nacionais e internacionais, além de ajudar na promoção cultural da região. Sobre tudo é uma apologia a amizade.




CARIRI VEÍCULOS

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Impacto Skate Shop

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Uma loja diferenciada pra você

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Assista a trecho do documetário do Pearl Jam

Um microtrecho do documentário “Pearl Jam Twenty”, a ser lançado este ano, está disponível. Nas cenas, rescuperadas da época do início da banda, os integrantes discutem a mudança do nome, de Mookie Blaylock para Pearl Jam. Conforme noticiado antes, lançamento do filme faz parte das ações de comemoração de 20 anos do grupo, e tem a direção de Cameron Crowe (”Quase Famosos”). 

UOL MÚSICA: Sepultura, vídeo de apresentação com Orquestra e entrevista com Andreas Kisser

Sepultura libera vídeo de apresentação com Orquestra Experimental de Repertório; veja

Da Redação
http://musica.uol.com.br
A banda de rock Sepultura se encontra pela primeira vez com a Orquestra Experimental de Repertório na estação da Luz (17/04/2011)
Enquanto se prepara para lançar o álbum "Kairos", confiram matéria abaixo, o Sepultura continua divulgando a apresentação que fez com a Orquestra Experimental de Repertório durante a Virada Cultura de São Paulo. A banda liberou dessa vez o vídeo da execução ao vivo de "Ludwig Van".

Sepultura e Orquestra Experimental - "Ludwig Van"

O Sepultura de apresentou com a Orquestra no dia 16 de abril durante o evento na capital paulista e já havia divulgado um trecho do vídeo de "Roots Bloody Roots".
A banda planeja lançar em DVD a performance com a Orquestra, mas ainda não há data prevista. A apresentação faz parte de um projeto em prol do Pau-Brasil, usado para a confecção de arcos de instrumentos de cordas.
O novo disco do Sepultura, "Kairos", foi gravado entre os dias 20 de janeiro e 28 de fevereiro nos estúdios da TV Trama, em São Paulo. O processo foi quase todo transmitido ao vivo pela internet. "Foi uma experiência nova deixar todo mundo assistir o que a gente faz dentro do estúdio, que é um lugar sagrado para todas as bandas", contou o guitarrista Andreas Kisser ao UOL Música.
O álbum, com produção do norte-americano Roy Z, da banda de Rob Halford, chega às lojas no início do segundo semestre.

"Este é o livro da nossa história", diz Andreas Kisser sobre "Kairos", novo disco do Sepultura

MARIANA TRAMONTINA
Da Redação
Os integrantes do Sepultura: Andreas Kisser, Paulo Jr, Derrick Green e Jean Dolabella em gravação do álbum "Kairos" (2011)

O "momento certo e oportuno" que traduz o significado da palavra grega 'kairos' diz muito a respeito da atual fase do Sepultura. Com um recém-contrato com a veterana gravadora alemã Nuclear Blast, a banda finaliza um novo disco, comemora os mais de 25 anos de trajetória e o fato de, após uma série de mudanças internas e externas, ainda ser um nome relevante para o heavy metal mundial. "Kairos", o álbum, chega às lojas no início do segundo semestre coroando um momento fundamental para a banda de Andreas Kisser, Paulo Jr, Derrick Green e Jean Dolabella.
O novo disco do Sepultura, que tinha seu título mantido em sigilo até agora, foi gravado entre os dias 20 de janeiro e 28 de fevereiro nos estúdios da TV Trama, em São Paulo. O processo foi quase todo transmitido ao vivo pela internet. "Foi uma experiência nova deixar todo mundo assistir o que a gente faz dentro do estúdio, que é um lugar sagrado para todas as bandas", contou o guitarrista Andreas Kisser ao UOL Música.
Com produção do norte-americano Roy Z, da banda de Rob Halford, o novo álbum fecha uma espécie de trilogia temática iniciada com "Dante XXI" (2006) e seguida por "A-Lex" (2009), mas de forma peculiar. Se o primeiro foi baseado no livro "A Divina Comédia" e o segundo em "Laranja Mecânica", "Kairos" traz como tema a biografia do Sepultura. "Agora a gente fala da nossa experiência, da nossa carreira, os bons e maus momentos. Na verdade é um livro, mas da nossa própria história", adiantou Kisser.
Em entrevista por telefone ao UOL Música, Kisser falou um pouco mais sobre "Kairos", a atual fase do Sepultura, a participação dos franceses Tambours du Bronx, as versões que fizeram para músicas de Prodigy e Ministry, e uma possível turnê pelo Brasil no segundo semestre.
UOL Música - Qual é o momento 'kairos' do Sepultura que traz no significado desse título?
Andreas Kisser - Kairos significa momento especial, de grande mudança. E a gente sempre tem muitas escolhas a fazer na nossa vida, e são essas escolhas os nossos momentos 'kairos', que são fundamentais naquilo que a gente escolhe para si. E todo o conceito do disco é mais ou menos isso, que reflete toda a história do Sepultura, esses 26 anos, o porquê de estarmos aqui depois de tanta coisa que mudou, dentro e fora da banda. É tudo que veio para influenciar o que estamos escrevendo nas letras, na nossa música, nas sonoridades que a gente já experimentou.
  • Estevam Romera/Divulgação Andreas Kisser durante gravação do disco "Kairos", do Sepultura, no estúdio da TV Trama (2011)
UOL Música - Esse disco é uma espécie de auto-biografia?
Kisser - É meio que isso, as letras são mais pessoais. Nos dois últimos discos usamos livros como base, apesar de permear nosso ponto de vista através dos personagens, da história e do texto. Agora a gente fala da nossa experiência, da nossa carreira, os bons e maus momentos. Tem música para as nossas famílias em "Born Strong", sobre os palcos em "No One Will Stand", falando sobre gravadoras e empresários, viagens. Na verdade é um livro, mas da nossa própria história.
UOL Música - Vocês fizeram cover de Prodigy e Ministry neste disco.
Kisser - Isso, do Ministry foi "Just One Fix" e do Prodigy foi "Firestarter". São duas bandas que a gente gosta muito. A gente já fez de tudo, covers de tantas bandas diferentes, e essas são duas que nunca tínhamos gravado nada antes. Fizemos um brainstorm sobre covers e definimos essas duas bandas para fazer nossas versões.
UOL Música - E quantas músicas entraram no disco?
Kisser - São 12 músicas no disco, incluindo os dois covers. Essas duas foram feitas para sair como bônus, mas ficaram tão legais que pensamos em colocar no disco mesmo. Ainda vamos definir com a gravadora, mas a probabilidade de entrar no disco é grande. E a gente tem ainda uma outra música inédita que não vai entrar agora e que podemos lançar como bônus, ou um pacote especial, ou guardar para o Japão, que sempre pede material extra.
UOL Música - Como é a música com a participação do Tambours du Bronx?
Kisser - Esse é um grupo percussivo francês que tem 20 músicos no palco, tocam em galões gigantescos, tem alguns sons eletrônicos. Conhecemos eles em 2008, durante um festival alternativo na França, e pirei no som dos caras. E agora mandei uma ideia que a gente tinha aqui, que eles poderiam gostar, eles trabalharam na música lá, mandaram de volta e gravamos. Ficou muito legal, é uma música bem diferente do que o Sepultura já fez. Vamos apresentar essa música ao vivo pela primeira vez durante o Rock In Rio, que vamos dividir o palco com eles.
UOL Música - Apesar das transmissões da gravação, não é possível captar com fidelidade a essência do álbum. Como está a sonoridade das novas músicas?
Kisser - A intenção era trazer o que a gente faz no palco para dentro do estúdio. É praticamente um disco ao vivo. Mais de 60 ou 70% do que ficou no disco foram as gravações dos primeiros takes. Não repetimos porque queríamos deixar a primeira intenção, sem muita frescura, bem old school. Nao usamos gravadora de rolo, mas a nossa performance foi assim, e funcionou muito bem. Roy Z não trabalha só no estúdio, ele acompanha o Rob Halford nos shows também. É um músico que está no estúdio e no palco, e esse know-how, essa sensibilidade, ajudou muito.
UOL Música - Com tantas experimentações que o Sepultura já fez, de berimbau a orquestra e percussão japonesa, dessa vez vocês trouxeram alguma inovação?
Kisser - Temos os tambores do Bronx, que são específicos para uma música, com uma percussão metalizada, característica deles. Mas o espírito é old school mesmo. É guitarra, baixo, batera e vocal, sem frescura, sem teclados, quase nada muito eletrônico, alguns pedais vintage de wah-wah. É mais uma questão de tirar o nosso som do que ficar inventando.
UOL Música - "Kairos" vai ficar para o segundo semestre e vai sair apenas em CD?
Kisser - Não tem uma data definida ainda. O disco está em Los Angeles com o Roy, que vai mixar e masterizar por lá, e deve levar mais umas semanas. Deve ficar para o início do segundo semestre, final de junho. E temos intenção de lançar em vinil, fazer um pacote especial. Tem aquela última faixa inédita que não vai entrar no disco e talvez a gente faça um pacote multimídia. Estamos no processo de filmagens para o documentário sobre o Sepultura, que é para o cinema, e que talvez possa entrar alguma coisa dele como bônus também. 
UOL Música - Vocês têm uma longa turnê pelos Estados Unidos, Canadá e Europa, mas antes vocês abrem dois shows de Ozzy Osbourne no Brasil. O público vai ouvir músicas novas ao vivo?
Kisser - Sim, tocamos uma música nova esse ano, nos Estados Unidos, e nos shows de abertura do Ozzy talvez a gente toque até mais, mas com certeza haverá material novo.
UOL Música - E há previsão de uma turnê brasileira?
Kisser - No dia 8 de abril a gente viaja para o México e depois volta para o Brasil para tocar na Virada Cultural de São Paulo, no dia 16 de abril. Estamos fazendo versões de músicas do Sepultura junto com a Orquestra Experimental do maestro Jamil Maluf e com arranjos do Alexey Kurkdjan. E em setembro tem o Rock In Rio. A ideia é aproveitar o festival para fazer uma turnê nacional apresentando o disco novo, que já vai ter saído. Vamos esperar.

IÚRI MOREIRA: Negociações entre a Raio Lazer e a produção da turnê conjunta entre Judas Priest e Whitesnake para trazê-los ao Recife

Iúri Moreira

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Recife, Pernambuco, Brazil
Natural do Rio de Janeiro, pernambucano de coração, graduado em jornalismo em 2000 pela UFPE e músico desde os 7 anos de idade.

Judas e Whitesnake

Como muitos de vocês sabem, ainda antes do show do Maiden revelei no twitter que estavam em curso negociações entre a Raio Lazer e a produção da turnê conjunta entre Judas Priest e Whitesnake para trazê-los ao Recife.

Há alguns dias foram anunciadas datas no Brasil, mas também ficou claro que existe espaço para outros shows por aqui. Então hoje obtive poucas, porém importantes, informações.

A 5ª data sendo negociada é mesmo o Recife, como já havia adiantado. O entrave, no momento, é apenas em relação aos custos de deslocamento das bandas e equipes de produção para cá. Uma oferta final foi realizada há poucos dias para as bandas, cobrindo todas essas despesas. Então a bola está nas mãos deles, não tem mais o que fazer a não ser torcer.

Paralelamente a isso, foram feitas ofertas para bandas que vão ao Rock In Rio para virem tocar no Recife. Cada contrato entre o RIR e as bandas é diferente e não existe mais aquela coisa de exclusividade na América Latina, daí a porta aberta. Mas não perguntem quais bandas pois isso é confidencial. E lembrando que vai tocar de tudo no RIR, e a Raio Lazer não é uma produtora exclusiva de metal, longe disso.

Então cuidado com especulações, tá?

Foo Fighters toca a íntegra do novo álbum, ao vivo; assista

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Korzus abre shows do Slayer no Brasil

Grupos tocam em Curitiba e São Paulo, em junho

A veterana banda paulistana Korzus vai fazer a abertura dos dois shows que o Slayer faz no Brasil, em junho. Os dois grupos, referências do thrash metal em seus países, tocam em Curitiba, na quarta, dia 8, no Curitiba Master Hall; e em São Paulo, na quinta, dia 9, no Via Funchal. Os ingressos já estão à venda .
O Korzus é também uma das atrações do Rock In Rio. O grupo vai se apresentar no Palco Sunset, o espaço do festival destinado a encontros de mais de uma banda e/ou artistas, e terá como convidados grandes ícones mundiais. O projeto, intitulado The Punk Metal Allstars, conta com nada mais nada menos que o guitarrista do Dead Kennedys, East Bay Ray; o ex-vocalista do Misfts, Michael Graves; o guitarrista do Exodus (atualmente no Slayer), Gary Holt; e o líder do Destruction, Marcel Schmier. O Korzus se apresenta em 25 de setembro, o Dia Metal, ao lado de Matanza + BNegão; Angra + Tarja Turunen; e Sepultura + Tambours du Bronx (no Palco Sunset); e Metallica, Slipknot, Motörhead e Coheed and Cambria (no Palco Mundo).

 

Ouça o álbum de covers do Foo Fighters

“Medium Rare” foi lançado em vinil"

foofightersmedium
Além do novo álbum, “Wasting Light”, o Foo Fighters colocou no mercado o vinil “Medium Rare”, só com covers, como parte do “Record Store Day”. Agora, todas as faixas da bolacha estão com a audição disponível nesse endereço. Veja abaixo a lista completa das músicas:
1- Band On The Run (Paul McCartney)
2- I Feel Free (Cream)
3- Life Of Illusion (Joe Walsh)
4- Young Man Blues (Mose Allison)
5- Bad Reputation (Thin Lizzy)
6- Darling Nikki (Prince)
7- Down In The Park (Gary Numan)
8- Baker Street (Gerry Rafferty)
9- Danny Says (The Ramones)
10- Have A Cigar (Pink Floyd)
11- Never Talking To You Again (Husker Du)
12- Gas Chamber (Angry Samoans)
13- This Will Be Our Year (The Zombies)

 

Rush: saiba como foi a filmagem do novo DVD

http://rushfaclubebr.blogspot.com

RUSH FILMA SHOW EM CLEVELAND
18/04/2011

Conforme anunciado, o Rush filmou sua apresentação na cidade de Cleveland, Ohio (EUA) no dia 15 de abril de 2011. 14 mil fãs estiveram na apresentação, conferindo a banda mais uma vez em grande forma destilando canções que deram vida a Time Machine Tour. Geddy Lee, radiante com o momento, agradecia por fim a todos os presentes, afirmando que aquele era "O melhor de todos os públicos! Curtimos demais!".

Cleveland teve grande importância para a história do Rush. Como todo fã sabe, foi lá que, pela primeira vez, um disco do Rush foi executado numa rádio norte americana, o que deu início a uma das maiores e mais bem sucedidas carreiras dentro do mundo do rock. Para conhecer melhor a história, não deixe de conferir esse artigo, onde a descobridora da banda, Donna Halper, conta como foi o começo da afirmação do power-trio canadense.

Depois de levar o Juno Canadense de melhor documentário de 2010 com Beyond The Lighted Stage, Sam Dunn e Scot McFadyen e sua Banger Films foram escolhidos para dirigir as filmagens do próximo DVD ao vivo do power-trio. A dupla, que também dirige nesse momento o próximo DVD do Iron Maiden (gravado na Argentina e Chile), anunciou antes do show que estariam à frente das gravações. A primeira apresentação dos canadenses filmada em solo americano teve inclusive uma câmera acoplada num balão inflável capturando imagens aéreas do público.


Na miniatura ao lado vocês poderão conferir o scan do comunicado que os fãs receberam antes do show no Quicken Loans, onde diz que os mesmos, ao entrarem na arena, estão concordando em serem filmados para qualquer mídia que possa ser lançada no futuro, sem créditos ou compensações financeiras.

Conforme anunciado por Geddy Lee em entrevista recente, esse novo DVD deverá ser lançado até o fim do ano.

Para se ter uma idéia do novo material, nada melhor do que conferir a galeria de fotos oficiais da banda, realizadas por John Arrowsmith. Clique aqui.


Muito interessante também conferir o vídeo do telão para Caravan, nova canção da banda que tem sido executada nas apresentações da Time Machine Tour. Produzido por Allan Weinrib, irmão de Geddy Lee que faz parte também da turma da Danger Films:


Vale mencionar que aproximadamente 200 fãs do Rush estiveram no Rock and Roll Hall of Fame (localizado também em Cleveland), aproveitando a ocasião do show para um protesto. Confiram a imagem abaixo, onde temos muitos detalhes interessantes e divertidos expressando insatisfação sobre a não indicação do power-trio ao Hall.

Smashing Pumpkins anuncia novo álbum

Trabalho se chamará Oceania e faz parte do projeto Teargarden by Kaleidyscope; banda também relançará versões mais longas e remasterizadas de seus discos nos próximos três anos
O Smashing Pumpkins anunciou uma série de novidades, que vão de materiais inéditos a versões remasterizadas de seus álbuns clássicos. De acordo com um comunicado em vídeo de Billy Corgan (assista abaixo), trata-se de uma campanha que vai até 2013.

Para começar, o grupo vai lançar um novo álbum no dia 1 de , chamado Oceania, que integra o projeto Teargarden by Kaleidyscope, que consiste de 44 músicas cujas músicas estão sendo liberadas aos poucos para download gratuito.

No meio deste ano, os dois primeiros álbuns da banda, Gish e Siamese Dream, além da compilação Pisces Iscariot chegarão novamente às lojas, mas em versões remasterizadas e com material inédito.

Em 2012, saem: o álbum duplo Mellon Collie and the Infinite Sadness, The Aeroplane Flies High e Adore.

No ano seguinte, é a vez de Machina ser lançado junto a The Machines of God e Machina II: The Friends and Enemies of Modern Music, tudo em um só pacote. Aliás, esta marca a primeira vez que Machina II... chega ao mercado na íntegra, em formato físico.

Metallica: "Tocar para 80.000 fãs no Brasil é inimaginável"

Traduzido por Nathália Plá
via: http://whiplash.net

Alex Distefano entrevistou o baixista do METALLICA  Robert Trujillo para a matéria de capa da revista Inland Empire Weekly. Seguem trechos da conversa.
Sobre o primeiro show do "Big Four" nos EUA (trazendo METALLICA, SLAYER, MEGADETH and ANTHRAX) que aconteceu anteontem, sábado, 23 de abril no Empire Polo Club in Indio, California.
Trujillo: "O lugar tipo que nos escolheu. Fomos abordados por promotores com o local que estava livre uma semana após o festival Coachella . Funcionou perfeitamente para a agenda de todas as bandas. O momento parecia apropriado para finalmente fazer nos Estados Unidos e ver como seria o show. Para nós, foi uma questão de demanda; fizemos um teste na Europa e deu certo."
"Com o 'Big Four,' essas quatro bandas ainda não haviam dividido o palco no mesmo evento, então é um tipo de show histórico para nossos fãs no sul da Califórnia. Mas nós também temos fãs vindo do mundo inteiro para esse show."
"Tem algo sobre ver essas quatro bandas no palco que é simplesmente mágico. Dos shows que nós fizemos no verão passado, eu percebi que todos vêm pra trazer o seu melhor; dos músicos tem uma coisa dessas bandas juntas, onde você simplesmente sente... é o espírito do heavy metal. Queremos mostrar que podemos dar nosso melhor e trazer essa energia do heavy metal."
"Eu lembro que estava tocando como METALLICA quando eu estava no SUICIDAL «TENDENCIES» — foi no início dos anos 90" — e para mim eu achava que o melhor show de metal de todos seria o SLAYER com o METALLICA. Agora isso é realidade e eu sou parte disso, e é incrível."
Sobre a ligação entre as quatro bandas nos shows na Europa Oriental:
Trujillo: "Tivemos esse jantar enorme antes do show e toda noite ficávamos juntos como nos velhos tempos de escola; e para alguns foi uma reunião. Mas todos foram tão legais, éramos todos como uma família, tivemos a sensação do espírito do show e da música. Foi definitivamente um dos momentos mais marcantes na minha carreira."
Sobre o METALLICA tocar seu clássico álbum de 1986 "Master Of Puppets" na íntegra em 2006 para comemorar seu 20º aniversário:
Trujillo: "Foi o 20º aniversário daquele álbum e para mim foi uma honra fazer parte daqueles shows mágicos. A música 'Orion' é uma das obras primas do Cliff Burton «falecido baixista do METALLICA». Para mim, só tocar aquela música foi uma benção. Eu me senti muito afortunado em fazer parte dessa turnê especial."
Sobre a possibilidade de mais shows do "Big Four" no futuro:
Trujillo: "As platéias na Europa foram incríveis, os promotores ficaram super animados e nos mostraram que havia uma demanda para o 'Big Four. É possível que haja mais no futuro, mas ainda não há nada confirmado. Mas o fato de podermos fazer esse show e tocar ao vivo sem ter um disco novo é ótimo e graças a Deus todos nós ainda tocamos."
Sobre tocar para grande público em virtualmente todas as partes do mundo – mesmo em tempos de inquietação recessão econômica:
Trujillo: "Amamos nossa música e compartilhá-la no palco é incrível para nós a cada show. Nós Últimos anos, nós fomos para a América do Sul, América Central, Japão, Coréia do Sul e talvez até sejamos a primeira banda de metal a tocar na Costa Rica e Guatemala."
"Eu fiquei meio assustado na Guatemala. Os tiras tiveram de sair e controlar a multidão; eles não esperavam que uma banda de heavy metal fosse trazer tantos fãs. Eles ficaram com medo da energia – você sabe como é um show de metal. Foi uma experiência maravilhosa no fim. Amamos viajar e experimentar outras culturas. Tocar para 80.000 fãs no Brasil é inimaginável."
"Vamos tocar na Índia em outubro. Vai ser interessante, tocar num lugar que nunca imaginaríamos nem nos nossos sonhos mais loucos que iríamos tocar. É uma honra para todos nós podermos ser parte desse cenário musical enquanto banda de metal dividindo nossa música com os fãs na Índia nesse show incrível."
Leia a matéria completa (em inglês) na Inland Empire Weekly:
http://www.ieweekly.com/cms/story/detail/clash_of_the_titans/3907/
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth.net

Novo disco do Red Hot Chili Peppers está previsto para agosto

"Está incrível, temos muitas músicas e estamos escolhendo as que entrarão no álbum", contou o baterista Chad Smith
Em entrevista ao blog Rock it Out!, Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers, revelou que o novo e aguardado disco do grupo está previsto para sair na última semana de agosto.

Ele ainda afirmou que o trabalho segue sem título oficial. Anteriormente, a banda havia batizado o material provisoriamente com o bizarro e jocoso título Dr. Johnny Skinz's Disproportionately Rambunctious Polar Express Machine-head (algo como "O Ruidoso e Desproporcional Expresso Polar Cabeça Mecânica do Doutor Johnny Skinz", em tradução livre). "Está incrível, temos muitas músicas e estamos escolhendo as que entrarão no álbum. Todos estão felizes com o disco, estamos ansiosos para voltar."

Além de assuntos relacionados aos seus projetos paralelos e o novo álbum do Red Hot, Chad comentou também o fato de que este é o primeiro disco produzido pela banda com o guitarrista Josh Klinghoffer no lugar de John Frusciante. "É uma boa química, cara, ele se encaixa perfeitamente com a gente. A coisa boa é que o conhecíamos fazia uns dez anos, então não foi como se fosse um cara novo", comentou. "Ele acrescentou muito, é um ótimo compositor, além de um ótimo músico."

Assista ao vídeo com a entrevista abaixo. Chad Smith começa a falar do Red Hot Chili Peppers a partir de 1'45''.

http://www.rollingstone.com.br

Documentário sobre Pearl Jam deve estrear em setembro


Documentário comemora 20º aniversário da banda
Foto: Getty Images


Cameron Crowe foi revelado como diretor do documentário do Pearl Jam chamado Pearl Jam Twenty, que tem previsão de estreia para setembro. As informações foram divulgadas pelo NME.



Conhecido pelos filmes Quase Famosos, Vanilla Sky e Tudo Acontece em Elizabethtown, entre outros, o diretor já terminou o trabalho de sua próxima película, que marca o 20º aniversário da banda.

Crianças cantando Iron Maiden - Flight Of Icarus




Essa nova juventude está trazendo esperança... \m/

update:
Uma iniciativa filantrópica capaz de amolecer o coração do mais bruto dos metaleiros. A instituição Cash for Kids reuniu dezenas de crianças, entre 7 a 11 anos, para cantar Flight of Icarus, clássica música da banda inglesa de heavy metal Iron Maiden. O vídeo, que mostra a música de 1983 entoada por alunos da Escola Primária de Watville, na cidade inglesa de Birmingham, foi realizado em parceria com a revista de música pesada Kerrang!, com o intuito de divulgar as campanhas beneficentes da entidade.

A Cash for Kids busca arrecadar fundos para ajudar crianças carentes e doentes de cidades da Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte. Durante 2011, a Kerrang! realizará uma série de eventos para angariar verba para escolas de Birmingham e West Midlands.

Mitologia e metal

Flight of Icarus é o oitavo single do Iron Maiden e o primeiro do álbum Piece of Mind (1983), quarto trabalho do grupo. A letra, escrita pelo vocalista Bruce Dickinson e pelo guitarrista Adrian Smith, se baseia na história de Ícaro, da mitologia grega.

Segundo a versão mais conhecida, Ícaro e seu pai, Dédalo, confeccionaram asas de cera para escapar voando da ilha de Creta, onde estavam presos por Minos. Ao se seduzir com a liberdade do voô, Ícaro se aproximou muito do sol, o que fez derreter a cera de suas asas, ocasionando sua queda. Ele teria caído ao mar Icário, na região da ilha de Icaria, ambas batizadas por seu nome.


Fonte da notícia: http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2011/03/02/ficha_musica/id_se...

Essa postagem foi uma indicação do nosso amigo  Luiz Paulo da banda cover do IRON MAIDEN a PIECE OF MAIDE.

Eric Clapton vai fazer turnê brasileira em outubro

Eric Clapton vai fazer turnê brasileira em outubro Imagem: Divulgação
Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, Eric Clapton fará uma turnê pelo Brasil em outubro. O músico, que não vem ao país desde 2001, vai divulgar o seu disco Clapton, lançado em 2010.

O cantor e guitarrista britânico se apresentará no dia 6 em Porto Alegre, no espaço da Fiergs, no dia 9 de outubro no Rio de Janeiro, no HSBC Arena, e no dia 12 de outubro em São Paulo, no estádio do Morumbi. Informações sobre valores de ingressos ainda não foram divulgadas.
fonte: BILLBOARD 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Músicos dos Beatles, Stones e Sex Pistols podem formar super grupo em Olimpíadas

Músicos dos Beatles, Stones e Sex Pistols podem formar super grupo em Olimpíadas Imagem: Reprodução
Segundo o jornal britânico The People, integrantes de clássicas bandas inglesas podem se juntar para formar um super grupo. De acordo com a declaração do remador medalhista Sir Steve Redgrave, músicos como Paul McCartney e Ringo Starr, ex-integrantes dos Beatles, podem se apresentar com Mick Jagger, dos Rolling Stones, e John Lydon, do Sex Pistols, na cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2012, que ocorre na Inglaterra.

 
“As olimpíadas em Londres podem nos dar a chance de celebrar a nossa própria história”, revelou Steve. “Já pensou se Paul McCartney e Ringo [Starr] se juntassem a integrantes do Rolling Stones e do Sex Pistols? Seria algo fantástico e chamaria a atenção do mundo”, acrescentou.
 

O negócio (ainda) é rocão antigo por Luiz Rebinski Junior

Luiz Rebinski Junior
http://www.digestivocultural.com/ 

Comecei a escutar música com doze anos. Até os vinte, não lembro de ter escutado nada que tivesse sido gravado depois de 1980. Dissequei o rock inglês dos anos 1960 e 70, era alucinado pelos caras que estiveram em Woodstock e pela psicodelia californiana de bandas como The Doors, Grateful Dead e Jefferson Airplane. Adorava a fase viajandona dos primeiros anos do Pink Floyd, com Syd Barrett à frente. Só depois percebi que Barrett era mais maluco do que gênio, mas por um bom período eu achei o contrário. O Pink Floyd pós-Barrett é muito melhor. Tudo o que importa na banda foi feito depois que eles saíram dos clubinhos de jazz e foram tocar para as massas, aí viram grandes. Havia as bandas menos conhecidas, como Blue Cheer, que sempre é lembrada como uma espécie de lado B dos anos 1960. O disco de estreia deles, Vincebus Eruptum, é pesado como o Led Zeppelin seria um ano depois, no debute de 1969. E ainda havia as duas bandas mais influentes do mundo ― Beatles e Stones ― que, sozinhas, monopolizam a atenção de qualquer piá pançudo que está começando a escutar música.

Mas o fato é que, depois de um longo período dedicado à velharia, fiquei meio cansado do rocão clássico. Então passei metade dos anos 1990 afinado com o que foi produzido pelos meus contemporâneos. Escutei tudo que pude dos 90, do grunge ao britpop. Me apaixonei por bandas como Smashing Pumpkins ― quase comi o disco duplo mais foda dos anos 1990, o imbatível Mellon collie and infinite sadness. Ainda hoje me penitencio por não ter encarado o Hollywood Rock de 1996, quando a banda tinha acabado de lançar seu melhor disco e tocou na mesma noite do The Cure.

Também me embrenhei na barulheira do Sonic Youth. Até hoje, meu álbum preferido da banda é dos 90: Washing Machine, aquele disco com dois carinhas com máquinas de lavar estampadas na camiseta, é a união perfeita do noise com o pop. Sim, sei que eles têm discos mais aclamados, que a crítica pegou Daydream Nation pra Cristo, e o elegeu a obra-prima da banda. Mas, para mim, Washing Machine continua insuperável.

No Brasil, a música viveu nos anos 1990 uma espécie de ressaca pós-80. Poucos vingaram, e um número menor ainda continua por aí. Ainda assim, confesso que tive boa vontade com as bandas do meu tempo de pós-adolescente, quando também fui mais a fundo na história musical brasileira, me embrenhando na fase áurea de Jorge Ben ― A tábua de esmeraldas, África Brasil e Samba esquema novo ―, descobrindo Cartola, Chico, Nelson Cavaquinho, Zé Ramalho, Raul Seixas, Walter Franco, etc.

Sempre lutei contra certo sentimento de nostalgia que, vez ou outra, se apoderava de mim. E nostalgia de um tempo que não se viveu, é uma coisa bem idiota. Cultuar um passado que não se conhece é uma forma de desprezar a própria existência. Então nunca quis me tornar aquele chato que em um churrasco solta frases como "hoje não tem mais música que preste", "antigamente é que se fazia música de verdade" e coisas do gênero, que denunciam não a preferência por uma música diferente, mas, na maioria dos casos, apenas a ignorância cega daquilo que é feito embaixo do seu nariz.

Então foi com um pouco de receio que dei o título para este texto. Há sempre a possibilidade de um leitor mais preguiçoso associar meu nome a um tipo de fã anacrônico de música. Bem, mas ser mal compreendido é um risco corriqueiro para quem está disposto a revelar suas limitadas preferências artísticas. Mas, ainda que meio enganoso, o título não é de todo mentiroso. Depois desse nariz-de-cera que cometi para dizer que sou uma pessoa aberta a novas experiências musicais, me sinto mais à vontade para admitir que depois do final dos anos 1970 a música nunca mais tocou a mesma nota.

Os dez anos que separam 1965 de 1975, provavelmente foram os mais férteis da história do rock (mas não só). Os artistas daquele período que hoje estão canonizados, gravaram a parte mais substancial de seu repertório nesses dez anos. Claro que esses artistas não pararam de fazer bons discos depois de 1975, mas talvez não fossem o que são se não houvesse esse período mágico em suas carreiras.

Bob Dylan, que em 2011 completa 70 anos, poderia desmentir minha tese de araque com dois ou três discos sensacionais gravados em 1989 (Oh Mercy) e 1997 (Time out of mind), longe o bastante dos anos 1970. O judeu fanhoso, apesar de ter passado por períodos de ostracismo, nunca esqueceu como se faz uma boa canção. Suas pérolas musicas e poéticas residem até mesmo em discos mais fracos. Mas, ainda assim, mesmo tendo um repertório fantástico, com quase mil músicas, Dylan, ainda que seja um artista genioso, que só toca o que quer, nunca poderá escapar do conteúdo que produziu em Highway 61 revisited, Blonde on Blonde, Bringing all it back home, Planet Waves e Blood on the tracks, álbuns gravados em sua juventude, a fase mais brilhante de sua carreira. Se o violão de Woody Guthrie era uma máquina de matar fascistas, o de Dylan não parou de produzir clássicos durante uma década.

Os anos de glória dos Stones também estão entre os anos 1960 e 70. Ainda que os anos de Londres ― quando a banda gravou bons discos e seu som se baseava mais no blues americano ― tenham rendido alguns clássicos que sobreviveriam a muitas décadas ― "Satisfaction", "Stoned", "Paint in Black", "Play with fire" e "Under my Thumb" são dessa leva ―, foi entre 1968 e 1974 que a banda concebeu seus clássicos. Uma sequência arrebatadora que começou no final dos anos 1960 com Beggars Banquet (1968) e Let it bleed (1969) e terminou na primeira metade dos anos 1970 com Sticky Fingers (1971), Exile on Main Street (1972), Goats head soup (1973) e It's only rock'n'roll (1974). Depois disso, bons álbuns vieram (Tattoo you e Black and blue são os meus preferidos), mas a fase genial tinha ficado para trás.

É claro que os Stones e Bob Dylan, sozinhos, não provam nada. Não podem, com suas carreiras, certificar uma década como a mais brilhante da história do rock. Mas os discos lançados entre 1960 e 1970 podem. Nesse período Jimi Hendrix lançou todos os seus álbuns, incluindo a estreia com Are you experienced (1967) e o magistral Electric Ladyland (1968), o Cream nasceu e morreu, os Doors e o Velvet Underground viraram imortais com suas estreias (1967), o Jefferson Airplane lançou Surrealistic Pillow (1967), os Kinks fizeram seus melhores álbuns, a The Band gravou Music from the big Pink (a mesma casa rosa em que gravaram os Basement Tapes com Dylan) , Van Morrison pirou com Astral Weeks (1968) e Neil Young dava início a uma carreira-solo espetacular ― Harvest veio na esteira de Everybody knows this is nowhere, tá bom assim?). O começo dos anos 1970 também deu o norte para dois estilos que se tornariam febre entre jovens décadas depois: o punk com os Stooges e o metal com o Black Sabbath. Mas há muito mais. O que falar dos discos que Bowie fez antes e depois de sua androginia? Joni Mitchell, Nick Drake, Lynyrd Skynyrd, Marvin Gaye, Pink Floyd, All Green, Yes, Rush, os anos 70 são uma mina de ouro musical que se mostra inesgotável a quem se propõe a escavá-la.

Mas, o mais incrível não é apenas a profusão de grandes artistas que tiveram seus momentos mais criativos nos anos 1970, mas o que essas bandas fizeram com as gerações que lhe sucederam. De certa forma, esses artistas eclipsaram as gerações seguintes, que não conseguiram criar uma música tão idiossincrática e poderosa quanto a de seus ídolos. E hoje, o que se valoriza e se espera não é mais um tipo de música que se pareça única, singular, mas um tipo de música que consiga se relacionar com o que foi feito no passado, que dialogue com a matriz. É como se a música de hoje estivesse em um patamar artístico inferior. E, o que é pior, parece que tanto o público quanto a crítica já se conformaram com isso.

O Led Zeppelin é uma das minhas bandas preferidas, apesar de não ser a número um em minha galeria. Mas, com certeza, foi a banda de rock mais perfeita de todos os tempos. Todos os seus integrantes eram fantásticos e a banda tinha uma sinergia que, depois da morte de Bonhan, nunca mais foi alcançada e o grupo se desfez. O Led foi uma coisa tão mágica, que até o mais cético dos céticos é levado a acreditar naquelas bobagens de astrologia e zodíaco que a banda fazia questão de disseminar, com aqueles símbolos que eles mesmos não sabiam direito o que representavam. Em menos de dez anos, o Led Zeppelin construiu um discografia comparável a dos Beatles. Não há um disco falho em sua trajetória. Presence e Coda, os discos menos comentados do grupo, são petardos bem acima da média, de qualquer média. Os seis primeiros discos do Led convertem qualquer piá, de qualquer parte do mundo, em um fã fervoroso de rock. Não há como escapar. Se o destino realmente ronda a vida, ele se materializou no Led Zeppelin. Depois do fim da banda, nenhum integrante conseguiu fazer algo que se aproximasse da relevância do Led, ainda que a carreira-solo de Robert Plant tenha bons momentos. A impressão que se tem é que rolou algo como "as pessoas certas no momento certo". Cada integrante tinha a mesma importância (Page&Plant tinham mais holofote, mas Jones&Bonhan estavam longe de serem apenas coadjuvantes), o que é bastante difícil de acontecer em uma banda de rock, onde a disputa por espaço quase sempre é selvagem.

Mas e depois dessa onda criativa, o que aconteceu com a música? Por que não há uma banda contemporânea com a força e a magia do Led Zeppelin? E essa situação não se restringe ao rock. Não sou grande conhecedor de jazz, mas sei que todos os mitos do gênero estão no passado. Até onde sei, não há um Charlei Parker no cenário. É claro que há boa música sendo feita, o Radiohead é um clássico contemporâneo, mas não me parece que vai conseguir alcançar a relevância de bandas de outrora. Os mais céticos costumam dizer que, na música, tudo já foi feito. Prefiro não acreditar nisso e achar que a criatividade está entre nós e um dia uma nova hecatombe musical vai ser deflagrada. Assim espero.

Luiz Rebinski Junior
Curitiba, 20/4/2011

A biografia do Ultraje "Nós Vamos Invadir a Sua Praia" invadirá hoje todas as livrarias do Brasil... Confiram a capa!

Esta é a capa da biografia do Ultraje a Rigor: Nós vamos invadir sua praia @

Vem aí a turnê de Jack Johnson pelo Brasil!




São Paulo
21/05/2011
Chácara do Jockey (Festival Natura Nós)
Belo Horizonte
24/05/2011
Mineirinho Arena
Brasília
25/05/2011
Estacionamento do Estádio Mané Garrincha
Fortaleza
27/05/2011
Marina Park
Recife
28/05/2011
Cabanga Iate Clube
Porto Alegre
02/06/2011
Gigantinho Arena
Florianópolis
03/06/2011
Stage Music Park
Rio de Janeiro
05/06/2011
HSBC Arena










Um dos maiores ídolos da surf e folk music internacional, o cantor hawaiano Jack Johnson paira acima das definições de gêneros musicais – é um astro mundial em constante ascensão.
Com apenas 10 anos de carreira, Johnson conquistou um fã-clube fiel em todo o mundo, que lota seus shows por onde passa. Não é diferente no Brasil, onde o cantor se apresentou apenas uma vez, em 2009. Agora ele está de volta ao país, em maio, para apresentações em oito capitais.
Os sete shows de Jack Johnson no país serão abertos pelo amigo e companheiro no selo Brushfire Records, G. Love.
Jack Johnson já gravou cinco álbuns de estúdio e um ao vivo, além de ter contribuído em várias trilhas sonoras de filmes como Thicker than Water, September Sessions e Curious George. O havaiano já vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo.
Ele também é conhecido como um dos mais atuantes ativistas ambientais do meio artístico mundial. Assim como em 2008 e 2010, Jack Johnson irá doar 100% de seu lucro com a turnê para a caridade. Para saber mais, acesse: Allatonce.org

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Indie on The Run: bandas brasileiras homenageiam Paul McCartney em coletânea

http://www.rocknbeats.com.br
Por Rock 'n' Beats 

Arte por: Téo Brito
Texto de apresentação por: Marcelo Costa (Editor do Scream & Yell)
Você gosta de música? Se a resposta for sim, e é possível imaginar que a enorme maioria da população mundial responda afirmativamente, vamos propor uma brincadeira: pense nos Beatles. Pensou? Discos, histórias, canções. Várias coisas devem ter passado por sua cabeça neste fragmento de tempo, mas a brincadeira (de tons negros) segue pela via contrária: imagine um mundo sem os Beatles. Seria possível?
Sim, seria possível, claro, mas com certeza seria bem mais triste, menos inventivo e não seria nada estranho acreditar que ainda vivêssemos na idade das pedras da música pop. Buddy Holly, Chuck Berry, Carl Perkins e Phil Spector (para citar quatro nomes presentes nas famigeradas Decca Tapes) vieram antes, mas John, Paul, George e Ringo conseguiram absorver a História (com H maíusculo) e mudar o mundo tendo em mãos apenas guitarra, baixo, bateria e vocais. Parece sonho.
E não é a toa que, para milhares de pessoas, a passagem de Paul McCartney pelo Brasil seja encarada como sonho. Paul, um dos dois beatles vivos, era o melodista, o baixista canhoto objeto de inúmeras histórias surreais (a mais famosa diz que ele morreu em 1966) capaz de construir delicadas canções como “Yesterday”, melodias orquestrais como “Eleanor Rigby” ou explosões roqueiras como “Helter Skelter”.
Paul chega ao Brasil em um momento histórico que remete muito ao começo dos anos 60. A derrocada da indústria aliada ao boom da internet está desenhando um novo cenário do qual ninguém tem idéia de onde vai parar. Assim como quando os Beatles começaram, ninguém sabe o que vai acontecer. Daqui pra frente é tudo novidade. Pode soar assustador, mas também é instigante.
Não deixa de ser sintomático, então, ver a nova geração brasileira deitar-se sobre o repertório de Paul para uma revisão especial. Gente como Tulipa Ruiz e Apanhador Só, donos de dois dos grandes álbuns da música brasileira do ano, mais Vivendo do Ócio, The Name, Monique Maion, Sabonetes, Instiga, Seychelles e muitos outros que mostram nesta seleção organizada pelo Rock ‘n’ Beats que, apesar de estarmos em 2010, ainda é possível sonhar.
Voltando a questão inicial, caro leitor, você gosta de música? Se sim, divirta-se.

Indie on the Run - coletânea Rock 'n' Beats by indieontherun

Download da coletânea completa

Wannabe Jalva @ Say Say Say #paulgoesindie from Titi on Vimeo.

Valentinos @ Dance Tonight #paulgoesindie from Titi on Vimeo.

Cartolas @ She's Leaving Home #paulgoesindie from Titi on Vimeo.

Get Back

Antes de ser uma música, é um marco. Em cima de um telhado, ela anunciava aquela que era a última apresentação da carreira dos Beatles. Só foi lançada posteriormente, em 1970, no álbum Let It Be, que, depois de muita história envolvida, saiu pelas mãos do produtor Phil Spector.
Reza a lenda que, durante os ensaios, Paul McCartney cantava o refrão (Get back to where you once belonged) olhando para Yoko Ono, a semente da discórdia do Fab Four.
Temporary Secretary
Temporary Secretary é um dos singles de McCartney II (1980), primeiro álbum de Paul depois do fim do Wings. Talvez esta seja uma das músicas mais peculiares já lançadas em todos os cinquenta anos de carreira do Sir, já que faz uso de sintetizadores abusados e de letra e voz cheias de deboche que a transformam em algo irritantemente convidativo.
Quando lançada, teve como B-side a também curiosa Secret Friend, uma viagem de impressionantes dez minutos.
All My Loving

Um dos grandes pontapés para a fase mais desesperadora da beatlemania. Transbordando juventude, Paul criou a carta que todas as mocinhas dos anos sessenta gostariam de receber de seus pretendentes que iriam passar um tempinho fora, combinada com uma melodia simples e radiofônica. Carro-chefe de With The Beatles (1969), foi uma das únicas composições para a qual Macca fez a letra antes da melodia.
Here, There And Everywhere

Se Yesterday não existisse, talvez Here, There And Everywhere ganhasse mais destaque e fosse uma das canções mais regravadas da história. Macca já declarou ser esta uma de suas composições preferidas na fase beatle, e assim pensava também John Lennon. Presente no impecável Revolver (1966), é mais um ode ao amor direto, sincero e profundo tão pregado em várias de suas composições, e que é um dos principais elementos que o qualificam como um dos melhores compositores de todos os tempos.
Dance Tonight

Dance Tonight é uma composição simples, quase bobinha, que se estivesse nas mãos de Lady Gaga, ou algo assim, seria trabalhada de uma maneira chiclete para as pistas de dança. Mas a graça vem de um bandolim, que lhe dá um ar de celebração tranquilizante. Foi a última música a entrar em Memory Almost Full (2007), último álbum lançado por McCartney, e nasceu depois de um momento gracinha-de-bebê de sua filha caçula Beatrice, que dançou ao som do instrumento.
Blackbird

Blackbird é daquelas músicas que nunca saem da mente. Presente no álbum The Beatles (Álbum Branco) de 1968, a faixa tem acompanhamento de violão inspirado em “Bourée em mi menor”, de Bach, e revela uma estrutura não usual, mas que encontra perfeito espaço. Segundo o próprio Paul, a canção é uma manifestação em relação aos conflitos sociais e direitos civis na América efervescente com as palavras de Martin Luther King, mas sobretudo à figura da mulher negra envolvida na questão.
Ram On

Lançada em Ram (1971), segundo álbum solo de Paul, a música, em seus menos de três minutos, tal como um mantra, mostra o beatle em sua forma minimalista. Verdadeiramente, a canção retrata um Paul apaixonado entregando seu coração a Linda embalado somente por voz e violão, marcando a fase pós-Wings.
Fine Line

Fine Line é o primeiro single de Chaos and Creation in the Backyard, álbum de 2005. A música mostra a boa performance de Paul ao piano e demonstra que será o instrumento dominante da faixa. Lembrando muito a fase Wings, Fine Line carrega como no álbum anterior, Driving Rain (2001), a grande marca de Paul: o contrabaixo que vibra e que até hoje se mostra influente na música pop.
She’s Leaving Home

“She’s Leaving Home” é uma das tantas pérolas do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band de 1967, e surgiu de de uma notícia publicada no Daily Mail que narrava a história de uma jovem de dezessete anos que fugira de casa sem que seus pais soubessem. Embora pouco objetiva, a matéria foi suficiente para que Paul  trabalhasse algumas melodias para depois ganhar o refrão característico, feito por John. Curiosamente, nesta canção nenhum beatle toca um instrumento: apenas a marcante orquestra de cordas confere a musicalidade necessária para que a canção tivesse a pureza daquele relato de jornal.
Good Day Sunshine

Good Day Sunshine é a canção ensolarada de Revolver (1969). Para escrevê-la, Paul contou com uma ajudinha de John Lennon, que faz os coros no refrão na companhia de Geroge Harrison. É tão repleta de boas vibrações que constantemente é utilizada como despertador nas missões do Ônibus Espacial da NASA.
Coming Up
“Eu estou crescendo, crescendo como uma flor”. É assim que Paul inicia McCartney II (1980). Com todos os instrumentos gravados por ele e sua esposa, Linda, a música agradou até mesmo a John Lennon, mas não era de todo novidade: ela já vinha sendo executada em algumas apresentações ao vivo do Wings.
Junk

Junk foi feita originalmente para The Beatles/White Album (1968), depois entraria em Abbey Road (1969), mas acabou em McCartney (1970), primeiro álbum solo de Paul. Escrita durante a lendária viagem do Fab Four à India, é um jogo de palavras que segue uma linha de raciocínio -- a dele, é claro. Possui uma versão instrumental, Singalong Junk, também inclusa no álbum.
I’m looking through you

I’m looking through you é uma das canções que marca a separação entre as duas fases mais marcantes dos Beatles: a beatlemania e as experimentações e instrumentos diferentes, entre as canções de amor e as mais sofisticadas musicalmente. Nela, Paul avalia o seu relacionamento com Jane Asher e mostra a maturidade que vinha a crescer nos garotos, ainda na época do Rubber Soul (1965).
You Wont See Me

You Won’t See Me, mais uma música sobre Jane Asher, nunca fez parte do repertorio de shows dos Beatles, mas a canção de Rubber Soul (1965) já foi tocada em muitas vezes por Paul, principalmente na turnê de 2005/06. A música mais longa dos Beatles até então, conta com Mal Evans, o gerente de turnê, tocando orgão.
Teddy Boy

“Essa é a história sobre um garoto chamado Ted” -- a melhor maneira de se explicar a música é justamente os primeiros versos dessa canção. Originalmente escrita para os Beatles, a música chegou a ser gravada algumas vezes, mas por causa das tensões na época de Let It Be, não havia sido finalizada. Com o fim da banda, Paul a regravou, e essa faz parte de seu primeiro disco solo, McCartney (1971)
Check My Machine

A primeira música gravada do McCartney II (1980) era para ser apenas um teste de equipamentos, mas acabou sendo lançada como lado b de Waterfalls. Assim como grande parte do álbum e diferentemente do resto do trabalho de Paul solo, a música tem uma pegada bem eletrônica, e é possível se ouvir um sample com a voz do Eufrazinho (sim, o desenho da Warner Bross) no íncio.
Say Say Say
Say Say Say é uma lembrança de tempos felizes quando dois gênios da música, Paul McCartney e Michael Jackson, ainda eram amigos e compunham juntos, antes do Rei do Pop resolver comprar os direitos autorais dos Beatles. A canção checou ao topo das paradas de sucessos, mesmo tendo seu clipe censurado na televisão americana. O divertido vídeo conta ainda com a participação de Linda McCartney e LaToya Jackson.
Drive my car

“Yes I’m gonna be a star, and maybe I love you” disse Paul em Drive My Car, mas a verdade é que ele já era um rockstar amado em 1965. No entando, a canção do Rubber Soul, como o músico já descreveu era um número de comédia inpirado em um “eufenismo para sexo vindo do blues”. A música teve a participação de Lennon em sua letra, que criou o título e queria lhe deixar um pouco mais apimentada, ou pelo menos o tanto que se era possível nos anos 60.
Every Night

Composta durante uma viagem para a Grécia, Every Night está em McCartney (1970). A belíssima música consegue ser sofisticada usando instrumentos simples e ser romântica fugindo do clichê. É uma ruptura com os Beatles para o ínicio do trabalho solo de Paul. Conta com o backing vocal de Linda, que caí perfeitamente bem com a estrutura da canção

Queen no Morumbi, 30 anos por Fabio Massari

Por Fabio Massari



Na festança de celebração dos 40 anos da banda inglesa Queen (que inclui dentre outras coisas novo contrato milionário e mais lançamentos e relançamentos vitaminados do catálogo discográfico), podemos contribuir levantando um brinde bem particular.
Há 30 anos (e alguns dias), em 20 de março de 1981, o Queen de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon se apresentava pela primeira vez no Brasil, no Estádio do Morumbi em São Paulo em apresentação hoje considerada histórica; a ideia de Freddie para essa inédita visita brasileira, inviabilizada por dificuldades da produção, era a de promover, além da data paulista, um evento gratuito no Rio de Janeiro, de preferência no Maracanã, para fazer valer seu plano de transformar a visita num “Carnaval do Queen”.
Esse não foi obviamente o primeiro show de rock internacional a acontecer por aqui. Santana, Alice Cooper, Rick Wakeman, Genesis e Peter Frampton já haviam feito a cabeça de muita gente em suas visitas de sucesso – lotação esgotada em ginásios do país e alegria quase desesperada de gerações de rockers praticamente virgens nessa dimensão ao vivo. E o divisor de águas nesse sentido do circuito internacional de shows só se mostraria em toda sua evidência uns anos depois, em 1985, com o advento do primeiro Rock in Rio (que aliás testemunhou outro triunfo da banda de Freddie Mercury, no embalo das suas transcendentes apresentações pós-Live Aid). Mas o concerto do Morumbi, além de forjar o caminho para as apresentações em grandes estádios de futebol, acabou por se impor como seminal e transformador para as gerações que o testemunharam e para aqueles que foram absorvendo ao longo dos anos as histórias e os registros daquela sexta-feira de rock no nosso quintal.


O Queen chegou ao Brasil com discos lançados e consumidos pela rapaziada (que se preparou para o evento basicamente decorando o petardo Live Killers, disco duplo ao vivo lançado em 1979), e com algumas canções circulando pelas ondas do rádio. A cobertura da imprensa foi ampla e entusiasmada, com grandes matérias em jornais e revistas; houve transmissão radiofônica e considerável cobertura televisiva. No dia seguinte, já circulavam os cassetes com a gravação da apresentação; algumas semanas depois, lá estava a banda na capa da revista norte-americana Hit Parader, todos felizes da vida em cenário brasileiro; os vídeos do show do Morumbi começaram a surgir um tempinho depois. Sendo a banda inglesa uma das mais colecionáveis (e pirateadas) da praça – apontados em dezembro de 2009 pela revista Record Collector como número 4 dentre os mais procurados pelos colecionadores, atrás só de Beatles, Stones e Bowie – , foi questão de pouco tempo para que os “produtos” derivados do show de 20 de março de 1981 começassem a circular. Alguns desses discos e/ou DVDs figuram com destaque dentre as preferências dos entusistas desse mercado alternativo.
Naqueles tempos de absoluta carência de eventos do tipo, ficar espremido por horas nas não-filas quilométricas que circulavam o estádio era pura diversão; assim como ouvir o espetacular anfitrião arriscar frases em português e, claro, iluminar o estádio com isqueiros na hora das baladas – a pergunta que não calava era porque tanta gente tem isqueiros à mão?
Segundo um jornal da época, eram 110 mil pessoas naquele dia de março de 1981 – para vários otimistas, eram 200 mil. A sensação é a de que eram milhões e os (simplórios para os padrões de hoje) efeitos visuais e sonoros (cores básicas, gelo seco e barulho de nave espacial) eram fantásticos, puro Spielberg. Ou Flash Gordon.

Naquele dia muita gente saiu da escola para ir ao show e no fim das contas tudo terminou numa aula – em apresentação esplendorosa, vibrante, o Queen veio para mostrar como se fazia, como eram as coisas nesse tal de rock das grandes esferas. No embalo suingado e muitas vêzes pesadão do seu hard rock glamuroso, o frontman cabuloso Freddie Mercury e seus comparsas acabaram por nos revelar todo um mundão de sensações e possibilidades. De alguma maneira, parecia que agora estávamos prontos para o que desse e viesse.
O setlist.
“We Will Rock You”
“Let Me Entertain You”
“Play The Game”
“Somebody To Love”
“I’m In Love With My Car”
“Get Down, Make Love”
“Need Your Loving Tonight”
“Save Me”
“Now I’m Here”
“Dragon Attack”
“Now I’m Here (Reprise)”
“Fat Bottomed Girls”
“Love Of My Life”
“Keep Yourself Alive”
(solos)
“Flash’s Theme”
“The Hero”
“Crazy Little Thing Called Love”
“Bohemian Rhapsody”
“Tie Your Mother Down”
“Another One Bites The Dust”
“Sheer Heart Attack”
“We Will Rock You”
“We Are The Champions”
“God Save The Queen”

U2 quer voltar ao Brasil para tocar na Copa 2014

O U2 deixou o Brasil há uma semana e já fazem planos para voltar. Segundo a Folha de São Paulo, a banda quer retornar ao Brasil em 2014, para se apresentar durante a Copa do Mundo.
Bono já teria demonstrado interesse em fazer um show na praia de Copacabana, de acordo com o jornal.
No momento, o U2 ainda está viajando com a 360º Tour, que bateu o recorde de turnê mais lucrativa do mundo.
Fonte: Omelete

UOL: Slayer marca dois shows no Brasil para o mês de junho

  • O vocalista do Slayer, Tom Araya, durante show no Gibson Amphitheatre em Universal City, na Califórnia (21/10/2010) O vocalista do Slayer, Tom Araya, durante show no Gibson Amphitheatre em Universal City, na Califórnia (21/10/2010)
A banda norte-americana Slayer marcou dois shows no Brasil para o mês de junho. O grupo de thrash metal se apresenta em Curitiba no dia 8 (Master Hall) e em São Paulo no dia 9 (Via Funchal).
 
A apresentação de Curitiba tem entradas à venda no site www.diskingressos.com.br a partir de R$ 94. Para o show de São Paulo, os ingressos já estão à venda por R$ 150 (pista), R$ 200 (mezanino) e R$ 150 (camarote) na bilheteria da casa e pelo site www.viafunchal.com.br.
 
O Slayer traz ao país a turnê do disco "World Painted Blood", lançado em 2009, que segue em excursão desde o ano passado. A banda de Tom Araya deve trazer na guitarra Gary Holt, do Exodos, que tem substituído Jeff Hanneman desde fevereiro, quando o músico se afastou para se submeter a uma cirurgia.
 
Nesta semana, a banda se junta a Metallica, Megadeth e Anthrax para uma apresentação do Big Four Tour, turnê que fez história no ano passado, quando os quatro grupos juntaram-se, pela primeira vez, para apresentações na Bulgária. As performances foram transmitidas ao vivo para o mundo.

Gloria fecha o line up do dia 25 de setembro

O grupo de heavy metal paulista Gloria irá abrir a sequência de shows no Palco Mundo no dia 25 de setembro. Considerada, desde 2006, a maior banda underground do Brasil, o Gloria promete encantar o público com o seu grande diferencial: a mistura de peso do metal com um toque melódico. As outras atrações já confirmadas para a data são Metallica, Motörhead, Slipknot e Coheed and Cambria.

Formada em 2002, a banda já lançou dois cds por selos independentes e um álbum homônimo pela Arsenal/Universal Music, com destaque para o single “Minha Paz”, que cerca de um mês após o lançamento já estava entre os quatro mais vendidos do país. Formada por Mi (voz), Elliot (guitarra/voz), Peres (guitarra), João (baixo) e Fil (bateria), o Gloria soma mais de 1 milhão de downloads no site Tramavirtual, onde já chegou a ter sete músicas no top 10 por mais de 1 ano.

Heavy metal sinfônico por ANDREAS KISSER

http://colunistas.yahoo.net/posts/10071.html



Para mim, a música clássica e o heavy metal são do mesmo planeta. Nos dois lados existem compositores rebeldes, virtuosos e revolucionários, as épocas são diferentes, mas a atitude me parece a mesma. Hoje, a música clássica se limita às poucas boas salas de concertos e programas raros na televisão e no rádio. Já não se ouve mais compositores arrojados e influentes, a maioria das gravações atuais ainda são dos clássicos de Beethoven, Mozart, Vivaldi e Villa-Lobos, difícil falar de algum compositor contemporâneo que tenha a mesma influência e impacto, mas os tempos são outros e essa rebeldia e virtuosismo, na minha opinião, está no heavy metal.
Não é coincidência que as grandes bandas de rock se uniram às grandes orquestras e juntos fizeram coisas espetaculares. A primeira que me lembro é o Deep Purple, que fez um concerto no Royal Albert Hall, em Londres, no ano de 1969. O tecladista John Lord foi o grande responsável por esta junção, escreveu a arranjou os temas que eles apresentaram. O guitarrista Richie Blackmore também é um apreciador da música clássica e o resultado foi magnífico e surpreendente, afinal não se tinha visto nada parecido até então.

Na mesma época, 1969, o The Who fez a sua junção de rock e orquestra e acabou criando o termo “ópera-rock” com o disco Tommy. Um grande sucesso, muito mais aclamado do que a mistura do Deep Purple, pois as letras contavam uma história, com enredo e com personagens alucinantes. A junção da banda com os instrumentos clássicos deixou a história ainda mais interessante. Com o Deep Purple e o The Who, estava aberto o caminho para outros grupos fazerem o mesmo, ou seja, maximizar o peso do rock and roll através do som gigantesco de um orquestra.

Outras bandas da década de 70, mas que fizeram seus experimentos bem mais tarde, foram o Kiss e o Scorpions. O Kiss fez o disco ao vivo Alive IV na Austrália com a Orquestra de Melbourne, um show espetacular onde a orquestra entre no mundo do Kiss, com um palco cheio de efeitos pirotécnicos, grandes telões e todos os músicos da orquestra com os rostos pintados da mesma maneira que o Kiss. O resultado é apoteótico.

Por sua vez, o Scorpions se apresentou com uma das maiores e mais respeitadas orquestras filarmônicas do mundo, a de Berlin. Nesta mesma cidade, a banda alemã se apresentou em uma grande arena, também trazendo a orquestra para o ambiente do rock. Grande shows de luzes, figurino escolhido nos mínimos detalhes, cortinas caindo e muito som. O bom gosto da Scorpions esta em todos os arranjos, eles tem muita melodia e sentimento, a união foi perfeita.

Um músico que é do rock pesado, mas vive no mundo erudito, é o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, um monstro no instrumento. À frente da orquestra, no Japão, ele é o solista nato, é como se nós tivéssemos o privilégio de ver Nicolo Pagannini destruindo o violino ali na sua frente. Mas, como ninguém vivo viu o mestre de perto, Malmsteen nos traz esta sensação nos tempo de hoje. Sua técnica é impecável e sua presença é mágica. Ele apresente um repertório quase que exclusivamente escrito pore le em arranjos de arrepiar. Yngwie foi o roqueiro que conseguiu colocar a musica erudita no formato do rock, agora ele faz isso num recinto erudito, onde os grandes mestres da música clássica se apresentam.

No metal mais pesado e extremo temos o Metallica com a Orquestra Sinfônica de São Franciso. Apesar de ser um mega fã de Metallica, achei o resultado fraco e um pouco confuso, o Metallica poderia ser mais “maleável” e dialogar mais com a orquestra. De qualquer forma, é um show que vale a pena conferir.

Aqui no Brasil temos algumas experiências similares. A mais recente é a do Dr. Sin que se apresentou na Sala São Paulo, talvez a melhor sala de concertos da América Latina, tocando clássicos do rock and roll com a Banda Sinfônica de São Paulo. O visual desta sala é maravilhoso, ainda mais com uma banda e orquestra juntos. O Dr. Sin possue músicos de altissimo nível e as versões ficaram muito interessantes. Seria legal se na próxima eles fizessem versões de suas próprias músicas, trazendo ainda mais originalidade para estas junções.

E agora o Sepultura está fazendo a sua mistura. No dia 16 de Abril, à meia-noite, estaremos tocando na Virada Cultural de São Paulo no palco da estação da Luz, tradicionalmente o palco de apresentação das orquestras. Será um concerto em prol do Pau-Brasil e Orquestra Experimental de Repertório de SP convidou o Sepultura. O repertório será de temas do Sepultura, com orquestração do maestro Alexey Kurkdjian e regência do maestro Jamil Maluf. Será a nossa primeira experiência com uma orquestra completa e os arranjos estão bem audaciosos. Será a também a premiere ao vivo do tema que fizemos da Nona de Beethoven, gravada no nosso último disco A-Lex.

 

   

Lemmy não é “Deus” à toa… por RÉGIS TADEU


É inexplicável. Bem, pensando com um pouco mais de racionalidade, talvez não seja tão “inexplicável” assim o verdadeiro fascínio que a figura de Ian “Lemmy” Kilmister exerce em qualquer pessoa que ame o rock and roll. E quando escrevo “qualquer pessoa”, não estou sendo bondosamente genérico, mas afirmando categoricamente que não há um ser humano roqueiro sequer que: a) não tenha o devido respeito e paixão pelo Motörhead; b) que não considere “Lemmy” como uma espécie de divindade.
No fundo, é fácil e difícil – e desconcertante – ao mesmo tempo entender porque a figura de Lemmy suscita reverência. Para isto, é preciso deixar de lado os pudores politicamente corretos e encarar a verdade: no fundo, bem lá no fundo, todos nós queremos ser como Lemmy.
Buscamos obter o mesmo grau de respeito que a sua figura e suas palavras causam nas pessoas. Buscamos causar a mesma sensação que Lemmy propicia quando entra em qualquer ambiente, que é um silêncio que chega a ser ensurdecedor. Buscamos envelhecer como Lemmy – hoje com 65 anos de idade -, dono de seu próprio nariz e sem a menor intenção de agradar a quem quer que seja.
Com seu inseparável chapéu preto, roupas de coloração idem e as inacreditáveis botas brancas, Lemmy é uma versão roqueira e real do cowboy sem nome eternizado por Clint Eastwood no cinema. Para os adolescentes, ele é um personagem de histórias em quadrinhos – ou videogame, se preferir – que ganhou vida. E se o Motörhead existe há 36 anos é porque Lemmy comandou as coisas da maneira que leva a sua vida: integridade em relação a tudo aquilo em que acredita. Quer uma prova disto? Assista ao espetacular DVD Lemmy (49% Motherfucker, 51% Son of a Bitch) , cujo trailer você assiste abaixo: 

No show que presenciei sábado passado na Via Funchal, em São Paulo, noventa minutos transcorreram com uma rapidez supersônica. A famosa saudação de abertura de cada um dos shows que a banda faz – “Nós somos o Motörhead. E a gente toca rock ‘n’ roll” – já faz parte do panteão das grandes frases da história da música, recebida com o mesmo entusiasmo dedicado a qualquer um dos 438 clássicos do repertório do trio. E quando você é testemunha de uma apresentação que começa com uma dobradinha do naipe de “Iron Fist” e “Stay Clean”, é inevitável sentir certa vergonha ao ver a palavra “rock” associada a grupelhos formados por gente sem talento e sem um pingo de carisma – é, se você pensou nos Strokes, é a respeito deles que me refiro.
Ao lado de Lemmy estão o comedimento e exuberância sônica do guitarrista Phil Campbell – no show, há um “momento solo” em que ele desfila uma sucessão de notas surpreendentemente sublimes para o conceito ensurdecedor do trio. E atrás de ambos há a energia aparentemente inesgotável do baterista Mikkey Dee, cuja fúria ao tocar seu instrumento faz uma locomotiva desgovernada parecer um carrinho de supermercado com as rodinhas enferrujadas. Os dois formam os adereços perfeitos para a mitológica presença de palco de Lemmy, tocando seu baixo como se fosse um violão de acampamento e extraindo timbres que qualquer baixista daria o braço esquerdo para conseguir. É impossível ouvir canções como “Going to Brazil”,

“Ace of Spades” 

e “Overkill” 

e não chacoalhar o esqueleto como se estivéssemos tomando um banho gelado sentado em uma cadeira elétrica.
Certa vez, quando era editor da Cover Guitarra, fiz minha única entrevista com Lemmy, uma das melhores em toda a minha carreira como profissional da música. Quando terminamos as questões a respeito de equipamentos e de todos os assuntos a respeito do Motörhead, ficamos ainda um bom tempo conversando sobre outros assuntos, incluindo os motivos que nos levaram a gostar de Beatles, psicodelia dos anos 60 e 70, livros e… ABBA! Foi inacreditável: passamos uns bons minutos discutindo a respeito de qual foi o melhor disco do quarteto sueco. Suas observações eram tão impagáveis quanto difíceis de entender – Lemmy tem um dos sotaques mais indecifráveis do planeta.
Em outra ocasião, ao entrevistar Dave Grohl na época em que estava lançando o disco de seu projeto Probot, ouvi a frase que resume perfeitamente o que Lemmy realmente representa no imaginário de cada um de nós. Quando perguntei a ele sobre a participação do baixista no projeto, Grohl explicou como aquilo havia acontecido e encerrou com a seguinte exclamação: “Pau no c… do Elvis Presley! O rei do rock é o Lemmy!!!”
Macacos me mordam se ele estiver errado…
Veja as fotos do show do Motörhead em São Paulo:

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