PATROCINADOR MASTER

Pesquisar este blog
BEM VINDOS AO BLOG DO SÃO ROCK
Nossa História
Em junho de 2005, seis amigos se reuniram para comemorar seus aniversários, que por coincidência dos deuses do rock, eram todos na mesma semana. Resolveram chamar a banda de um amigo de Crato (Michel Macêdo, da Glory Fate). Também chamaram duas bandas locais (SKP e ET Heads), e fizeram a trilha sonora desta festa, que a princípio era exclusiva a aniversariantes e seus amigos. Sem querer, nascia ali o festival SÃO ROCK – o dia em que o rock foi pro brejo!
O sucesso da primeira edição obrigou uma continuação. Dois anos depois, já em 2007, veio a segunda edição, agora com a participação de bandas de Fortaleza, e aberto ao público. O sucesso consolidou o evento, e perpetuou essa data no calendário do rock cearense.
Pelo festival já passaram nomes de peso no cenário cearense, como Artur Menezes, Felipe Cazaux, Caco de Vidro, banda One, Killer Queen, Glory Fate, Zeppelin Blues, Renegados, banda Void e tantos outros que abrilhantaram noites inesquecíveis, regadas à amizade, alegria e o bom e velho rock´n´roll.
Hoje, o que se iniciou com um simples aniversário, tomou enormes proporções, estendendo seus ramos, diversificando os estilos e abrindo espaço para mais e mais bandas que querem mostrar seu talento em nossa terra. Agora são duas noites de festival, além da Caldeira do Rock, que leva bandas alternativas para a praça pública, numa celebração maravilhosa, onde congregamos amigos de todas as cidades circunvizinhas e de outros estados, irmanados pelo amor ao rock.
Não para por aí. Queremos tornar o São Rock uma marca que não promova apenas um festival anual, mas que seja um verdadeiro tablado que promova eventos de rock durante todo o ano! Assim, poderemos desfrutar do convívio saudável e também marcar nossa presença, dizer que temos voz e vez, numa cultura tão massificada por músicas desprezíveis e por gêneros impostos ao povo! Fomos, somos e sempre seremos roqueiros!
Portanto, venha participar dessa irmandade, apóie, divulgue, patrocine essa idéia, e seja mais um que ajuda a construir esse espaço!
CARIRI VEÍCULOS

segunda-feira, 2 de maio de 2011
FALA, NOVA! COLUNA SEMANAL DE MARCELO NOVA PARA O SITE DO JOÃO ROCK, FALA DO U2! CONFIRAM!
Era uma vez, no final dos anos 70, quatro garotos que montaram uma banda chamada U2, com intenções mais ambiciosas que sexo, drogas e rock and roll. Nascidos na Irlanda e oriundos da classe operária, sentiam na pele as consequências da guerra religiosa entre católicos e protestantes, com conhecidos incluídos na lista de mortos e feridos.
Fizeram então um pacto adolescente de que usariam a sua música também para tentar acabar com esse conflito. Bons garotos cristãos, transmitiam valores como lealdade, dignidade, coragem e fidelidade aos seus princípios. Em 1983, o álbum "War" (Guerra), com canções emblemáticas como "SundayBloodySunday" e "NewYear's Day", consolidou o sucesso comercial da banda e o vocalista Bono Vox passou a ser visto nos shows acenando uma enorme bandeira branca entre apelos de paz e amor. E esse sucesso, fincado nas paredes perfuradas à bala das ruas de Dublin carregou o U2 para conquistar o mundo, não com a humildade e despojamento de roqueirinhos de Cristo, mas com as asas disformes do excesso, da fortuna, da luxúria, do pecado.
E se em pouco tempo vieram os discos de platina, os cheques multi-algarítmicos, os carrões e as mansões, todos tinham de conviver com a face carrancuda e rancorosa da culpa, a máxima culpa de cunho religioso que abateu-se sobre o grupo com a fúria e a insensatez de uma amante rejeitada. Sintomas aparentes dessa contradição já apareciam na parte interna da capa do disco de 1987 "Joshua Tree", onde os quatro milionários integrantes da banda posam de mendigos na foto mais parecendo retirantes da seca do sertão paraibano, com camisetas vagabundas e barbas por fazer.
De lá pra cá, são grandes as evidências de que o sentimento de culpa venceu o conflito interno. Enquanto católicos e protestantes ainda continuam se digladiando na Irlanda, a banda perdeu-se musicalmente e viu sua identidade desaparecer.
O lançamento do álbum "Pop" flagrou o grupo num processo já doentio de auto-flagelação. O videoclipe da música "Discothèque" mostra os outrora sinceros e heróicos rapazes irlandeses rebolando, travestidos em integrantes do grupo homossexual VillagePeople. Aqui vai o link para você conferir (a cena começa aos 4:20). "Não conseguimos acabar com o conflito interno da nossa terra, não mais agitamos bandeiras brancas, não somos mais representantes do proletariado irlandês e acabamos vendendo nossa alma ao demônio ianque."
Bom para os bolsos, ruim para quatro cabeças marcadas sob os poderosos signos da cruz, do fogo eterno, de Deus. Comercialmente, no entanto, o U2 continua como um dos mais bem-sucedidos grupos da história da música, fazendo shows hiper produzidos e invariavelmente assistidos por multidões.
Bono logo associou sua imagem e seu espírito filisteu ao poder de políticos de destaque ao redor do mundo. E dá-lhe Bono abraçando Obama, apertando a mão de Bush, sorrindo com Sarkozy, paparicando a ministra alemã Angela Merkel, contando até 10 com Lula em português (é claro), afagando a ex-guerrilheira Dilma ou qualquer chefe de estado que, sedento por popularidade, tope encarar essa mala pesada.
Agora em abril de 2011, durante a mais recente temporada paulistana, numa entrevista ao canal de TV por assinatura Globo News, ele declarou: "Qualquer estudante de arte é capaz de escrever poemas obscuros e deprimentes. Eu não falo sobre essas coisas. Eu canto sobre alegria. Não sobre felicidade, mas sobre alegria."
Ivete Sangalo também, Bono. Ivete Sangalo também...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
U2 quer voltar ao Brasil para tocar na Copa 2014

Bono já teria demonstrado interesse em fazer um show na praia de Copacabana, de acordo com o jornal.
No momento, o U2 ainda está viajando com a 360º Tour, que bateu o recorde de turnê mais lucrativa do mundo.
Fonte: Omelete
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Bono canta Psycho Killer: veja o vídeo
(o vídeo foi filmado pelo pessoal da Surface 2 Air)
ROCK EM GERAL: RESENHA U2 36O
Imbatível
No ultimo show da temporada no Brasil, U2 mostra poucas surpresas e reafirma a grandiosidade multimídia de uma banda que se recusa a deixar o topo. Fotos (do dia 9): MRossi/Divulgação e Site Oficial (5).

Bono ainda está um pouco esbaforido quando apresenta os músicos – dessa vez sem as piadinhas de praxe – em “Until The End Of The World”. The Edge se supera num solo daqueles, salvando uma música nem tão boa assim. De olho na transmissão on line, Bono define o público da América do Sul como “aquele que canta para a banda, em vez de a banda cantar para o público”, não por acaso em “I Still Haven’t Found…”, a tal música que qualquer um, morto ou vivo, sabe a letra. Engatada em “Pride”, que nunca se sabe se será tocada ou não, é aí que o bicho pega. A música bem que poderia ganhar uma versão ao vivo estendida, mas o quarteto insiste na visceralidade enxuta do hit que consagrou, e a platéia vem à baixo.

Contrastando com tudo isso está a guitarra de The Edge, quase sempre de uma simplicidade cativante. Em “City Of Blind Lights”, ele saca o velho dedal do blues para mandar um solo de slide guitar que emociona a multidão. Antes, é Bono que demonstra boa forma ao levar às últimas conseqüências a interpretação de “Miss Sarajevo”, originalmente gravada com Luciano Pavarotti – caem por terra os boatos de que ele teria perdido a voz e o que, por isso, o show seria cancelado. Curiosamente, músicas mais recentes agradam ao público apontando para os melhores momentos da noite. Caso de “Vertigo”, que se transforma em prova de carga para o estádio, com citação a Rolling Stones, e a versão meia boca de “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”, que leva o tímido Larry Mullen a dar seu passeio pelo palco, tocando um tamborzinho colegial.

“One”, um das mais belas músicas já escritas, abre o primeiro bis depois da tradicional fala de Desmond Tutu no telão. Para “Where The Streets have No Name”, Bono lê na colinha fixada no piso a frase “sou brasileiro e não desisto nunca”; antes, ele dedicara “Get On Your Boots” ao ex-jogador Ronaldo, que protagonizou uma campanha publicitária com este slogan. Com comecinho pré-gravado, o blockbuster “With or Without You” é a vedete do bis final, cujo encerramento vem com “Moment of Surrender” e o pedido de Bono para que todos “acendam” os celulares. A música é dedicada a todas às perdas familiares, e Bono volta a citar a tragédia de Realengo – no show de sábado, os nomes das vítimas firam exibidos no telão.
No show de domingo, o U2 bateu o recorde de faturamento que antes era dos Rolling Stones. O incansável grupo de Mick Jagger pode até fazer uma nova turnê e recuperar o posto, mas, com a “360º Tour”, o U2 prova que continua imbatível quando o assunto é inovação (musical e tecnológica) e permanência no topo do rock e da música pop. A dúvida que fica é: o que será que eles vão aprontar da próxima vez?

1- Even Better Than The Real Thing
2- I Will Follow
3- Get On Your Boots
4- Magnificent
5- Mysterious Ways
6- Elevation
7- Until The End Of The World
8- I Still Haven’t Found What I’m Looking For
9- Pride (In The name Of Love)
10- The Model
11- Beautiful Day
12- Miss Sarajevo
13- Zooropa
14- City of Blinding Lights
15- Vertigo
16- I’ll Go Crazy (remix)
17- Sunday Bloody Sunday
18- Scarlet
19- Walk On
Bis
20- One
21- Where The Streets Have No Name
Bis
22- Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me
23- With Or Without You
24- Moment Of Surrender
http://www.rockemgeral.com.br
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Muse quer voltar ao Brasil como atração principal em estádios

Como vocês escolhem o repertório para estes shows de abertura do U2?
Tocamos duas horas nos nossos shows próprios, então é difícil tocar por 45 minutos. Tentamos escolher oito canções que representem a banda. Nestes shows com o U2 muita gente não sabe quem somos, então temos que ser representativos de toda a carreira. Ensaiamos 16 canções e vamos alternando toda noite. Mas não sei o que vamos tocar na quarta ainda, geralmente escolhemos algumas horas antes do show. É normal, mesmo nos nossos próprios shows é assim.
Como aconteceu o convite para estes shows?
O U2 nos convidou para tocar nos EUA em 2009. Foram os primeiros shows que fizemos quando The Resistance (2009) saiu. O que foi legal, porque não tocávamos há um ano. E foi bom voltar sendo a banda de apoio, não precisávamos tocar sets longos e fomos a muitos lugares onde não éramos tão conhecidos. Eles sabiam que não íamos fazer turnê agora, então nos convidaram pra voltar a tocar na América do Sul - onde ainda não tinhamos passado com este álbum ainda. Fez muito sentido, porque abrindo para o U2 nós aparecemos para muitas pessoas que não nos conhecem, então da próxima vez talvez possamos voltar tocando em estádios sozinhos.
No sábado Bono comparou vocês a Jimi Hendrix, o que achou?
Jimi Hendrix é um Deus da guitarra, uma grande influência para Matt [Bellamy, vocalista e guitarrista], o jeito que ele toca a guitarra. Eu acho que aquela habilidade natural de fazer a guitarra ganhar vida é uma coisa muito inspiradora.
O que você lembra da primeira vez que veio ao Brasil, em 2008?
Não passamos muito tempo aqui [em São Paulo]. Passamos mais tempo no Rio - basicamente ficamos na praia por uma semana (risos). Fiquei impressionado com o tanto de pessoas jogando futebol na praia.
E você jogou também?
Não... Desta vez nós tínhamos até combinado um jogo aqui em São Paulo, mas acho que vamos para a praia por dois dias, então não vai dar. E também estou com a perna machucada. Joguei na Argentina outro dia, alguém me deu um chute na perna e ainda dói, tenho que descansar por um dias.
Você não devia ter jogado lá...
É, além disso eles adoram colocar a mão na bola, estilo Maradona (risos)
Como foi tocar no festival de Glastonbury [na Inglaterra] com o The Edge no ano passado?
Desde o começo queríamos ter um convidado especial neste nosso show. Tínhamos uma lista de pessoas. Chegamos a falar com o Elton John, mas ele tinha um compromisso na noite. Falamos com várias pessoas, nada dava certo. Quando o Bono machucou as costas e tiveram que cancelar o show deles no Glastonbury, tivemos a ideia de chamar o The Edge e achamos que poderia ser legal, pois muita gente estava esperando vê-los no festival. A segunda coisa mais legal pra eles seria ver The Edge tocando para a gente. Tocamos U2 para um monte de gente que queria ver U2. E tocar com ele... O cara é uma lenda. É um dos poucos guitarristas do mundo que você pode ouvir e saber quem é.
Como vocês já tocaram juntos, não pensaram em fazer isso de novo nos shows daqui?
Acho que esse tipo de coisa é melhor quando acontece só uma vez. É fácil exagerar em uma coisa boa. O que tornou especial foi o fato de ser provavelmente a única vez. Fez sentido porque havia pessoas lá que queriam ver o U2 mas não podiam. Não acho que os fãs queiram ver The Edge tocando com a gente aqui, preferem ver o U2.
Vocês vão se mudar para gravar o próximo disco?
Sim, nós todos vamos morar em Londres depois desta turnê. Por muitos anos, nós moramos em lugares diferentes [Chris estava vivendo em Dublin, na Irlanda], então tínhamos que ir a um outro lugar para fazer um disco juntos. Nunca fizemos um disco em que pudemos ir para o estúdio, trabalhar durante o dia e depois voltar para casa, ver nossas famílias. Vai ser interessante descobrir como isso acontece.
Matt disse que o próximo disco deve ser mais pessoal, mais intimista.
Possivelmente. Eu acho que é uma coisa que vale a pena explorar. Os dois últimos discos foram muito grandiosos. Mas há músicas que fizemos como "Soldier´s Poem" [de Black Holes and Revelations, de 2006], que têm este sentimento mais íntimo. Acho que é uma coisa que podemos explorar mais e ver como funciona.
Ele também disse que "não conseguia ver o Muse maior do que está". Mas vendo shows como estes do U2, com 30 anos de carreira, vocês pensam em seguir este caminho?
Não sei. É difícil prever o futuro, nós sempre pensamos as coisas um álbum por vez. Às vezes é perigoso ter estas visões de longo prazo. Eu acho que a banda já foi mais longe do que todo mundo esperava. No fim das contas, já vivemos coisas que pouca gente viveu. Se tudo terminasse agora, já teríamos as lembranças viver algo inacreditável. É legal pensar que você vai prosseguir por muitos e muitos álbuns, mas nunca se sabe.
E os shows no [festival inglês de] Reading and Leeds, em agosto, porque decidiram que vão fazer ao vivo o Origin of Symmetry?
Nós decidimos tocar em Reading and Leeds para fazer pelo menos um show na Inglaterra neste ano, o único. Nós pensamos que, em vez da escolha óbvia de tocar o show da Resistance Tour, nós poderíamos aproveitar os dez anos de lançamento do Origin of Symmetry. Este disco foi muito significante para a banda. Eu sinto que foi o primeiro de verdade que fizemos. E foi o disco que nos impulsionou como banda ao vivo. Músicas como "Plug In Baby", "New Born" e "Bliss" nos criaram como a banda ao vivo que somos hoje. E o Reading Festival é o festival ideal para fazer isso. Porque Origin of Symmetry é um disco muito rock e o festival é muito rock. E também é o festival que frequentávamos quando crianças. É onde as bandas americanas que amávamos tocavam. Juntar todas as coisas faz sentido. Há músicas nesse disco que não tocamos desde a turnê dele. Faixas como "Screenager", "Hyper Music", "Darkshines", não tocamos há muito tempo e provavelmente nunca mais tocaremos de novo. Pode ser uma boa oportunidade para as pessoas verem pela última vez.
Vocês ainda têm planos de tocar no espaço? [No início deste ano eles tiveram conversas sérias com a Virgin Galactic, braço empresa inglesa que pretende lançar viagens turísticas ao espaço]
Claro que eu adoraria tocar no espaço, ou apenas ir para o espaço. Só não sei como a gravidade funcionaria para tocar, eu ficaria meio desajeitado (risos). O Matt tinha conversado mesmo sobre isso, mas eu não sei como está, vamos ver...
E sobre a relação da banda com Crepúsculo? Você ainda acha que participar da trilha de Eclipse com "Neutron Star Collision" foi "vender a alma", como jornais ingleses anunciaram na época?
Isso é besteira, lixo. Alguém pegou o que eu disse e transformou em outra coisa. Não tenho problemas com Crepúsculo, foi uma coisa ótima para a banda. Particularmente nos EUA, ajudou a mostrar a banda para novas pessoas. Eu não tenho nenhum problema com isso. Mas alguém fez uma entrevista comigo, eu fiz uma piada e ele a transformou em outra coisa. Foi chato, porque conhecemos [a autora dos livros e fã de Muse] Stephenie Meyer há muito tempo. Foi um jornalista safado que me fez parecer um idiota (risos).
MUSE - Neutron Star Collision from miguel on Vimeo.
DIÁRIO DO ROCK - U2 & MUSE no Brasil \\ U2 se despede de São Paulo
U2 & MUSE no Brasil \\ U2 se despede de São Paulo

O terceiro e último show do U2 em São Paulo começou às 21h40 desta quarta-feira (13) com "Even Better Than The Real Thing", mesma música que abriu as apresentações da banda no sábado (9) e no domingo (10) no Estádio do Morumbi. Na despedida, Bono dedicou "Get On Your Boots" ao ex-jogador de futebol Ronaldo "Fenômeno" e num dueto com o brasileiro Seu Jorge fez uma versão em bossa nova de "The Model", dos alemães Kraftwerk. A banda incluiu mais uma vez no repertório "Zooropa", que no domingo foi tocada na íntegra pela primeira vez na carreira do grupo.
O repertório começou semelhante ao apresentado no domingo, com "I Will Follow" e "Magnificent", essa última quando Bono declarou seu amor à América do Sul, citando Brasil, Chile, Argentina e Venezuela. "Mysterious Ways", "Elevation" e "Until the End Of The World" surgiram na sequência. Depois de um agradecimento à presença dos ingleses Muse, que abriram a noite, a banda iniciou "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e entregou ao público a primeira estrofe da música, cantada em coro pela multidão.
A primeira mudança em relação ao primeiro show foi a inclusão de "Pride (In The Name Of Love)", tocada no domingo. Como de costume, uma fã subiu ao palco para ler junto com Bono a letra de "Beautiful Day", traduzida para o português.
Assim como nos dias anteriores, Bono discursou, ao som de "Scarlet", em homenagem à ativista de Mianmar Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz libertada no fim de 2010 após 20 anos presa. E no intervalo do primeiro bis, o líder africano Desmond Tutu ganhou espaço virtual no telão para falar sobre a África e a Campanha One, pela erradicação da pobreza e da Aids.
Já no bis, entre um trecho de "All I Want Is You" e da música "Where The Streets Have No Name", Bono bradou ao microfone, em português: "sou brasileiro e não desisto nunca". Ao final do show, o cantor agradeceu ao público que comprou o ingresso beneficente da Red Zone, que custava R$ 1 mil, e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, "por ceder o estádio e ajudar a trazer nosso sonho a vocês". Bono também relembrou o episódio do massacre na escola do Rio de Janeiro, onde morreram 12 estudantes na semana passada.
O show desta noite também teve ingressos esgotados, marcando o total de 270 mil pessoas reunidas em três dias. Antes de chegar ao Estádio Morumbi, na tarde desta quarta, Bono e The Edge distribuíram autógrafos e conversaram com os fãs em frente ao hotel onde estão hospedados na capital paulista.
U2 360º Tour
O show que veio ao Brasil tem toda a estrutura da turnê internacional, incluindo o palco circular conhecido como "A Garra", com pontes rotativas e visão em 360 graus, como indica o nome da turnê. Sua montagem mobiliza 209 caminhões --48 deles apenas para carregar estruturas de aço-- e 240 pessoas de 17 nacionalidades diferentes trabalhando.
Sem um roteiro fixo, o repertório do U2 aparece com modificações a cada show, e tem variado entre 23 e 25 músicas. No entanto, algumas canções não ficam de fora, como "Beautiful Day", "Sunday Bloody Sunday", "I Still Haven't Found What I'm Looking For", "One" e "With or Without You", essas duas últimas entram geralmente no bis. Entre as faixas novas aparecem constantemente "Get On Your Boots" e "Magnificent".
Nos três shows em Sâo Paulo, a banda abriu com "Even Better Than The Real Thing", faixa do álbum "Achtung Baby" (1991) que foi resgatada na Argentina, na semana anterior de chegar ao Brasil, após quase uma década sem aparecer no repertório.
No primeiro dia, a apresentação foi marcada pela homenagem aos estudantes mortos no massacre em uma escola do Rio de Janeiro. No segundo, quando o U2 bateu o recorde de maior turnê da história, o público pôde ouvir "Zooropa", tocada na íntegra pela primeira vez na carreira do U2, e "Out of Control", do disco "Boy" (1980), que desde 2006 não aparecia nos shows da banda.
A turnê foi iniciada em junho de 2009 (ano em que a banda faturou mais de US$ 123 milhões com esse show), em Barcelona. Na América do Sul, a excursão já passou pelo Chile e pela Argentina. Depois de São Paulo, a turnê segue para o México, Estados Unidos e Canadá, onde deve ser encerrada no dia 30 de julho.
A banda deve arrecadar mais de 700 milhões de dólares com os shows durante toda a turnê. Ao encerrar, o espetáculo terá sido visto ao todo por mais de 7 milhões de fãs em 30 países, segundo os organizadores.
Gigalomaníacos: compare as três maiores turnês do U2
Infográfico do G1 mostra as diferenças de Zoo TV, Pop Mart e 360º.
Turnê atual é a mais tecnologicamente ambiciosa da história da banda.
Mas o tempo passou e o que antes era "mega" virou "gigalomania" quando se fala na nova turnê da banda, que desembarcou em São Paulo nesta semana para shows no sábado (9), domingo (10) e quarta-feira (13). Batizada de 360º, a turnê é a mais longa e tecnologicamente ambiciosa da história da banda: o chamariz é um telão circular que se expande e retrai acima de um palco também circular com pontes retráteis e sustentado por uma enorme “garra” de aço de 50 m, que tem caixas de som em seus quatro dedos.
Para transportar toda essa parafernália de um país a outro na turnê - que já dura dois anos e deve se tornar a mais lucrativa do mundo - a banda criou três palcos idênticos, que voam pelo mundo em sete aviões diferentes. Só para a montagem são cinco dias de trabalho.
Para saber mais dessas e de outras curiosidades sobre as turnês da banda, o G1 preparou o infográfico abaixo:


- Em 360º, o U2 surpreende novamente, com um palco montado para o público poder ter uma visão completa de qualquer lugar que estiver;
- O destaque é o telão circular, que expande e retrai conforme o show. Ele é formado por vários hexágonos que se abrem e fecham;
- A tela de 500 mil pixels é resistente a água e vento, um problema do telão gigante de Pop Mart;
- Para sustentar essa estrutura são necessários 30 mil cabos. Por isso, foi criada a “garra”, a parte mais impressionante do palco;
- A “garra” é uma estrutura de aço de 50 m de altura, que necessita de 120 caminhões para ser transportada. Ela custou mais de US$ 15 milhões;
- Seu desenho é inspirado no arco do aeroporto de Los Angeles. Suas quatro pernas servem para segurar as caixas de som também;
- O desenho e a estrutura da “garra”, que fica no meio do estádio, permitem que se coloque 20% a mais de pessoas nas arenas;
- Embaixo dela há dois palcos circulares. Os dois se conectam por meio de pontes rotativas, que servem para Bono e companhia passearem pelo público;
- Dentre outras parafernálias do show há um microfone de LED que Bono usa para cartar enquanto sobrevoa o público;
- Sua roupa durante ‘With or without you’ tem LEDs vermelhos que iluminam o palco;
- Segundo Willie Williams, que desenha os palcos do U2 há quase 30 anos, o palco de 360º faz a banda ‘sentar na palma da mão do público’;
- Por ser uma estrutura trabalhosa de montar, três palcos iguais à “garra” foram construídos. São necessários cinco dias para eles ficarem prontos;
- A turnê de 360º tem três shows marcados em São Paulo, nos dias 9, 10 e 13 de abril. Ela tem previsão de acabar em 30 de junho;
- Serão ao todo dois anos desta turnê, que está em sua 7ª perna. Em tempos de crise no mercado fonográfico, fazer shows ao vivo é a melhor saída;
- 360º foi a turnê de maior público em 2009 e 2010. O objetivo do U2 é que U2 360º se torne a mais lucrativa da história;
- Para a 360º ficar em pé são gastos cerca de US$ 750 mil por dia. O alto valor se deve ao transporte, que exige sete aviões.

- Em 1997, o U2 deu início à turnê do álbum ‘Pop’, que trazia um flerte com a música eletrônica. O palco era ainda mais grandioso;
- Criado para satirizar o consumismo e a cultura pop, ele tinha um limão móvel gigante, um arco de 30m que fazia referência ao McDonald’s e um telão estupendo;
- A peça de LED custou US$ 7 milhões e precisava de três caminhões para ser transportada. Ela tinha mais de 50m de largura por 15m de altura;
- O telão tinha 22 colunas, 187 painéis e resolução de 150 mil pixels. Ele sofreu várias avarias durante as turnês, em razão de chuvas e ventos;
- Nessa turnê, nenhum músico do U2 se levou a sério visualmente: Bono tinha malha com músculos falsos, The Edge era um caubói e Adam usava máscara;
- Pop Mart foi a primeira turnê da banda pelo Brasil. Eles realizaram shows em São Paulo e no Rio, sendo esse último problemático;
- A estrutura do palco não coube no Maracanã e o jeito foi transferi-lo para o Autódromo Nelson Piquet. O trânsito para chegar ao local foi caótico;
- Pop Mart durou menos de um ano. Eram gastos US$ 250 mil por dia para mantê-la, o que levou a banda de volta aos ginásios pequenos na turnê seguinte:
- Com Pop Mart, o U2 também se apresentou em Sarajevo. Foi a primeira grande banda a tocar no país desde o fim da Guerra da Bósnia;
- Nesse show, a banda tocou ‘Miss Sarajevo’ ao lado de Luciano Pavarotti, repetindo a parceria que fizeram com o pseudônimo de Passengers;
- A apresentação também serviu para ‘Sunday bloody Sunday’ voltar a entrar no repertório depois de muitos anos;
- Com esse show, a banda mostrou que não perdera o lado político;
- O momento mais extravagante do show (dos vários) era o bis, quando o grupo tocava ‘Discothèque’;
- A banda retornava ao palco após sair de um limão móvel, com direito a fumaça e tudo mais. A nave platinada descia em uma passarela;
- O limão motorizado de 12 m era um desejo pessoal de Bono, que queria uma nave flutuante igual à dos shows do Parliament Funkadelic;
- Durante um show em Oslo, o limão não saiu do lugar e deixou a banda presa. A falha sempre aparece em listas do tipo ‘momentos mais vergonhosos de shows ao vivo’.

- Turnê mais ousada do U2 até então, Zoo TV tinha influências da pop art e criticava a comunicação de massa;
- O palco tinha visual futurista inspirado em ‘Blade runner’ e no ciberpunk. O destaque eram as dezenas de monitores de diferentes tamanhos;
- Eles serviam para exibir efeitos visuais, clipes de cultura pop, programação televisiva, vídeos de fãs e flashs de frases de impacto;
- O produtor musical Brian Eno foi o responsável por criar o ‘caos audiovisual’ da Zoo TV, turnê que teve 157 shows;
- Um estúdio de edição de TV foi construído para a turnê, ao custo de US$ 3,5 milhões. Doze diretores foram contratados para operá-lo;
- Em um dos momentos do show, Bono ‘zapeava’ pela grade de uma emissora local e fazia críticas ao conteúdo;
- Os funcionários do estúdio também faziam montagens com a programação televisiva e a exibiam aleatoriamente durante a turnê;
- O conteúdo exibido nos telões era diferente de show para show. Para The Edge, isso criava um ‘show ao vivo’ à parte;
- Zoo TV mostrou um U2 renovado, que rompeu com o lado politizado que foi construído ao longo da década de 1980;
- O auge dessa mudança foram as personas que Bono vivia ao longo do show:The Fly e MacPhisto;
- MacPhista era uma paródia do diabo. Além da maquiagem feminina, Bono usava sapatos de salto alto;
- MacPhisto também praticava trotes. O alvo preferencial eram políticos locais, com quem ele tentava fazer pactos com o ‘diabo’, ou seja, com ele mesmo
- A turnê durou entre 1992 e 1993 e, apesar do enorme público que teve (5,3 milhões de ingressos vendidos), não foi considerada lucrativa;
- Para pôr o audacioso projeto na estrada, o U2 tinha um gasto médio de US$ 125 mil por dia, mesmo quando não havia show;
- Uma das excentricidades mais famosas do palco eram os automóveis Trabant, cujos faróis serviam de holofotes;
- Hoje, esses carrões estão no lobby do Rock and Roll Hall of Fame. Uma memória da Zoo TV, considerada uma das maiores turnês que o rock’n’roll já viu.
G1: U2 faz última apresentação da turnê 360º em São Paulo
Show de duas horas teve Seu Jorge e citação ao massacre de Realengo.
No domingo, banda confirmou recorde de turnê mais lucrativa da história.

na última apresentação do U2 no Morumbi (Foto: G1)
Ao final do espetáculo, de mais de duas horas, o vocalista Bono voltou a lembrar as crianças mortas no massacre da escola de Realengo, na semana passada. A homenagem, que já havia sido feita no primeiro show da turnê brasileira, foi na faixa "Moment of surrender", de "No line on the horizon", disco de 2009 que deu origem à turnê atual.
Em diversos momentos da noite, Bono tentou conversar em português com os fãs. Na primeira, por volta das 22h15, misturou a língua com o espanhol para saudar o público: "Todo bien? São Paulo não pode parar!", brincou, aproveitando para agradecer a companhia da banda de abertura Muse na etapa sul-americana da turnê.
Bono também não economizou nos elogios aos brasileiros: "No Brasil, e na América do Sul, somos nós é que vimos aqui para escutar e ver vocês. Geralmente nós cantamos para o público. Mas, aqui, são vocês que cantam para gente. Geralmente nós fazemos um show para o público. Mas, aqui, são vocês que fazem um show para a gente." A retribuição veio logo na sequência, quando a banda emendou a faixa "I still haven't found what I'm looking for", que foi cantada em coro pelos fãs.
Dez minutos mais tarde, o cantor irlandês chamou ao palco Seu Jorge - novamente enrolando a língua e se referindo ao músico carioca como "São Jorge". A dupla fez um dueto de voz e violão da música "The model", da banda alemã Kraftwerk. Em entrevista ao G1 nesta tarde, Seu Jorge afirmou que foi ele quem sugeriu a faixa.

Rumo ao final do show, antes de "Where the streets have no name", Bono tornou a arriscar-se no português, citando frase usada na propaganda do governo Lula - "Sou brasileiro e não desisto nunca". Logo em seguida, deu "boa noite, Brasil, adios, South America", e agradeceu ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, "por ceder o estádio" e "nos ajudar a trazer nosso sonho a vocês".
A apresentação encerrou às 23h54 com a trinca “Hold me, thrill me, kiss me, kill me”, "With or without you" e "Moments of surrender".
Na estrada desde 2009, a turnê atual bateu no último domingo o recorde de mais lucrativa de todos os tempos, que pertencia aos Rolling Stones. Todas as apresentações no Brasil, com cerca de 90 mil pessoas, tiveram ingressos esgotados.
Mais longa e tecnologicamente ambiciosa da história da banda, 360º tem como destaques um imenso palco em forma de aranha e um telão circular que se expande e retrai acima dos músicos. O telão é sustentado por uma enorme “garra” de aço de 50 m, que tem caixas de som em seus quatro dedos.
Para transportar toda essa parafernália de um país a outro na turnê , o U2 criou três palcos idênticos, que voam pelo mundo em sete aviões diferentes.