PATROCINADOR MASTER

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BEM VINDOS AO BLOG DO SÃO ROCK


Nossa História

Em junho de 2005, seis amigos se reuniram para comemorar seus aniversários, que por coincidência dos deuses do rock, eram todos na mesma semana. Resolveram chamar a banda de um amigo de Crato (Michel Macêdo, da Glory Fate). Também chamaram duas bandas locais (SKP e ET Heads), e fizeram a trilha sonora desta festa, que a princípio era exclusiva a aniversariantes e seus amigos. Sem querer, nascia ali o festival SÃO ROCK – o dia em que o rock foi pro brejo!
O sucesso da primeira edição obrigou uma continuação. Dois anos depois, já em 2007, veio a segunda edição, agora com a participação de bandas de Fortaleza, e aberto ao público. O sucesso consolidou o evento, e perpetuou essa data no calendário do rock cearense.
Pelo festival já passaram nomes de peso no cenário cearense, como Artur Menezes, Felipe Cazaux, Caco de Vidro, banda One, Killer Queen, Glory Fate, Zeppelin Blues, Renegados, banda Void e tantos outros que abrilhantaram noites inesquecíveis, regadas à amizade, alegria e o bom e velho rock´n´roll.
Hoje, o que se iniciou com um simples aniversário, tomou enormes proporções, estendendo seus ramos, diversificando os estilos e abrindo espaço para mais e mais bandas que querem mostrar seu talento em nossa terra. Agora são duas noites de festival, além da Caldeira do Rock, que leva bandas alternativas para a praça pública, numa celebração maravilhosa, onde congregamos amigos de todas as cidades circunvizinhas e de outros estados, irmanados pelo amor ao rock.
Não para por aí. Queremos tornar o São Rock uma marca que não promova apenas um festival anual, mas que seja um verdadeiro tablado que promova eventos de rock durante todo o ano! Assim, poderemos desfrutar do convívio saudável e também marcar nossa presença, dizer que temos voz e vez, numa cultura tão massificada por músicas desprezíveis e por gêneros impostos ao povo! Fomos, somos e sempre seremos roqueiros!
Portanto, venha participar dessa irmandade, apóie, divulgue, patrocine essa idéia, e seja mais um que ajuda a construir esse espaço!

Esse é o BLOG oficial do festival SÃO ROCK, que ocorre todo ano em Brejo Santo - Ceará. Criado "acidentalmente" por aniversariantes que comemoram na mesma semana e que se uniram para fazer uma única celebração voltada ao nosso gosto músical o ROCK. Além disso o blog divulga noticias e eventos nacionais e internacionais, além de ajudar na promoção cultural da região. Sobre tudo é uma apologia a amizade.




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segunda-feira, 2 de maio de 2011

ESSA VAI PROS AMIGOS COLECIONADORES DE CDS E VINIL: Minha Coleção – Regis Tadeu: 21 mil CDs e 14 mil LPs!

http://collectorsroom.blogspot.com/

Minha Coleção – Regis Tadeu: 21 mil CDs e 14 mil LPs!


Por Ricardo Seelig
Desde que criei a Collector´s Room, lá em setembro de 2005 ainda no Whiplash!, os leitores sempre me pediam para que entrevistasse o Regis.

Depois, quando a Collector´s ganhou o seu próprio site, em outubro de 2008, os pedidos se intensificaram, e cada vez mais, toda vez que perguntava que coleção as pessoas que queriam conhecer, o nome do Regis era citado inúmeras vezes.

Pois bem, chegou a hora! Hoje você vai conhecer uma das maiores e mais espetaculares coleções de discos do Brasil – e, porque não, do mundo. Um exemplo do que o amor pela música e a paixão pelos discos pode fazer na vida de uma pessoa. Uma prova de que qualidade e quantidade podem andar juntas!

Acomode-se na cadeira, levante o som e seja bem vindo a uma viagem fantástica pelo mundo dos discos, guiada pelo meu amigo e brother Regis Tadeu, um dos caras que mais entende de música no Brasil!

Ah, um último detalhe: entre todas as entrevistas que já fiz com colecionadores, a coleção do Regis é a maior que já encontrei!
Regis, em primeiro lugar, apresente-se aos nossos leitores: quem você é e o que você faz?

Bem, atualmente sou colunista e o responsável pelas críticas de CDs e DVDs do portal do Yahoo!. Além disto, tenho lá os programas "Na Galeria do Regis" – que podem ser assistidos neste endereço acima -, "Regis Visita" (http://colunistas.yahoo.net/posts/5113.html e http://colunistas.yahoo.net/posts/3120.html) e "Na Mira do Regis". Também tenho o meu próprio programa de rádio na USP FM, o "Rock Brazuca".

Durante muitos anos fui editor-chefe e diretor de redação das revistas Cover Guitarra, Cover Baixo, Batera, Teclado & Áudio e Mosh. Também fui jurado do Programa Raul Gil e tinha um quadro fixo no programa Superpop, no qual eu detonava CDs ruins. Bem, já está bom, né? (risos)

Qual foi o seu primeiro disco? Como você o conseguiu, e que idade você tinha? Você ainda tem esse álbum na sua coleção?
A primeira vez que entrei em uma loja para comprar um disco foi, se não me falha a memória, em 1971. Eu já era totalmente tarado por música por conta de alguns compactos que meu pai – um militar extremamente severo, “linha dura” -, tinha dos Beatles - sabe-se lá por quê – e, principalmente, pelo estímulo de minha mãe, uma dona de casa muito sábia em sua simplicidade. Desde que eu era um bebê ela sempre colocava o rádio ligado perto de mim, a fim de fazer com que eu comesse tudo o que estava no prato (risos). Ela adorava contar como naquela época eu ficava em transe quando ouvia “O Calhambeque”, do Roberto Carlos (risos).

Bem, quando eu tinha 11 anos de idade ela me deu um presente de Natal maravilhoso: uma grana para comprar um disco importado, um artigo de extremo luxo naquela época! Lembro de ter entrado em êxtase de tanta alegria! Conversando com alguns vizinhos, ela soube que havia uma loja na Rua Dom José de Barros, no centro de São Paulo, que vendia discos de rock importados. Ela me levou até lá e disse que eu poderia escolher o disco que quisesse. Lembro nitidamente da cena: eu, ainda garoto, cercado de discos lacrados em plásticos transparentes que brilhavam de uma maneira inacreditável. Eu simplesmente não sabia o que fazer, o que escolher ...

Foi então que surgiu um vendedor bem cabeludo, com um longo cavanhaque, chamado Amauri – jamais vou esquecer daquele cara. Ele viu que eu estava parecendo uma barata dentro de um tonel de açúcar e perguntou o que eu queria.

Depois de dizer a ele que queria um “disco de rock importado”, mas que não sabia nem por onde começar, ele se abaixou e disse “Bicho, tenho um negócio aqui para você que vai mudar a sua vida”. Ele me levou até a prateleira dos LPs importados e puxou um disco que trazia uma paisagem rural meio nebulosa, com uma casa velha ao fundo e uma mulher esverdeada vestida de preto na frente, no meio da vegetação. Era o primeiro disco do Black Sabbath!!!

Sem saber muito bem o que fazer – eu estava acostumado a ver capas dos discos dos Beatles e de histórias infantis -, resolvi aceitar a sugestão do vendedor e levei o disco para casa. Quando coloquei a agulha da minha vitrolinha no disco já estranhei o fato de o ruído ser praticamente inexistente se comparado a de um disco nacional. Mas nada havia me preparado para o que senti quando comecei ouvir a chuva, o trovão, o sino e ... AQUELA GUITARRA!!! Cara, eu me caguei de medo na hora! (risos) Minha mãe, coitada, ouviu também e ficou pálida como uma vela (risos). Juro por Deus: mesmo apavorado, fiquei ouvindo a música “Black Sabbath” umas vinte vezes seguidas, tamanho o fascínio que aquela canção despertou em mim. Só fui ouvir a faixa seguinte, “The Wizard”, uns três dias depois (risos). E passei uma semana dormindo com a luz do meu quarto acesa (risos). Ainda nos dias de hoje sinto um estranho calafrio quando ouço a canção “Black Sabbath”. Chame isto de uma “apavorante e deliciosa memória afetiva” (risos).

Porque você começou a colecionar discos, e com que idade você iniciou a sua coleção? Teve algum momento, algum fato na sua vida, que marcou essa mudança de ouvinte normal de música para um colecionador?

Na verdade, eu mesmo não me considero um “colecionador”, já que este tipo de pessoa compra tudo a respeito de determinados artistas e bandas, mesmo os discos ruins. Pelo contrário, eu só compro os discos que gosto. Por isto, creio que a minha “discoteca” começou imediatamente após esta experiência extraterrestre com o primeiro disco do Black Sabbath. Senti uma necessidade quase fisiológica de ouvir outros sons, conhecer novas bandas que pudessem me proporcionar uma sensação tão forte quanto aquela.

Alguém da sua família, ou um amigo, o influenciou para que você se transformasse em um colecionador?

Minha mãe, mesmo não tendo qualquer conhecimento musical, sempre me estimulou a ouvir música e, principalmente, a ler. Por isto, ela sempre que podia me dava uma graninha para comprar pelo menos um LP por mês, e toda semana comprava livros da espetacular série “Grandes Clássicos da Literatura Juvenil”. Então, ao mesmo tempo em que eu descobria Led Zeppelin, Deep Purple e Slade, lia obras de Julio Verne, Mark Twain, Miguel de Cervantes, Lewis Carroll, Victor Hugo. Não tenho a menor dúvida de que a união rock + literatura me transformou no cara que sou hoje - para o bem e para o mal (risos).

Tive alguns amigos na rua em que morava que foram muito importantes pra ampliar o meu conhecimento musical na época. Meu melhor amigo naqueles tempos, Luis Antonio Zordan, me apresentou Pink Floyd, Rolling Stones e Genesis; outro, Paulo, me mostrou pela primeira vez discos do Focus e do Emerson, Lake & Palmer. A partir daí, foi uma bola de neve montanha abaixo (risos).

Inicialmente, qual era o seu interesse pela música? De que gêneros você curtia? O que o atraía na música?

Meu interesse era total e absoluto. Eu simplesmente queria ouvir tudo o que caía em minhas mãos e ouvidos. Comecei obviamente pelo hard rock, mas logo ampliei o meu raio de ação para as bandas progressivas que citei anteriormente, incluindo aí o Yes, claro. Depois, entrei para os maravilhosos
universos do Slade e do Status Quo, e daí “fui embora” ...

Sinceramente, eu não conseguiria definir em palavras a atração que sentia – e ainda sinto – pela música. É muito mais que “ser transportado para outro universo”, “atingir um alto estado espiritual”, estas baboseiras que todo mundo cita para parecer profundo e sensível. Não dá para definir em palavras.

Você é considerado a “Imelda Marcos dos discos” (risos). Quantos discos você tem?

(Risos) É, a comparação faz sentido. Bem, para ser o mais sucinto possível, na minha última contagem, feita há seis meses, eu tinha aproximadamente 21 mil CDs e 14 mil LPs. Hoje em dia, devo ter um pouquinho mais que isto (risos).

Qual gênero musical domina a sua coleção? E, atualmente, que estilo é o seu preferido? Essa preferência variou ao longo dos anos, ou sempre permaneceu a mesma?

Sem dúvida, o gênero que predomina é o rock, em todas as vertentes possíveis e imagináveis, mas há generosas proporções de jazz, blues, soul music, rhythm n’ blues, funk – não estas merdas cariocas que insistem em embalar com este rótulo – MPB, trilhas sonoras e música erudita.

Vinil ou CD? Quais os pontos fortes de cada formato, para você?

Não sou nada radical neste sentido, embora reconheça a vantagem da sonoridade analógica de um sem número de LPs gravados anteriormente aos anos 80. Da mesma forma, existe uma quantidade imensa de álbuns que tiveram um inequívoco upgrade quando foram passados para a versão digital.
Cada caso tem que ser analisado individualmente neste sentido. Agora, não posso negar que me entristece muito a diferença que existe entre as artes gráficas dos LPs e dos CDs. Como sou um velhinho, ainda guardo comigo o prazer de manusear a capa de um LP, verificando os detalhes das imagens, as letras, os encartes, ...

Existe algum instrumento musical específico que o atrai quando você ouve música?

Como sou baterista, evidentemente a bateria é a primeira coisa que costumo “decodificar” em uma canção, seguida da guitarra e dos outros instrumentos na sequência. Na verdade, minha cabeça é como uma pequena mesa de mixagem (risos). Como consigo analisar cada instrumento envolvido em uma canção de uma maneira isolada, isto me ajuda bastante na hora de emitir a minha opinião a respeito de um disco e do trabalho geral de um artista ou de uma banda.

Qual foi o lugar mais estranho onde você comprou discos?

Uma butique em Ilhabela. Eu e minha namorada na época estávamos naquela cidade com um grupo de amigos e, fazendo um passeio pelo centro, ela resolveu entrar em uma loja para comprar biquínis e dar uma olhada em algumas bijouterias. Lá dentro, sem ter o que fazer, comecei a dar uma perambulada pelo ambiente e logo vi uma pilha de vinis no fundo da loja, colocados no chão. Perguntei à dona da loja se os discos estavam à venda e ela respondeu que sim, que o irmão havia se casado recentemente e não tinha espaço para “velhos LPs” no novo apartamento. Quando me abaixei para olhar o que havia ali, não pude acreditar: entre algumas porcarias, estavam ali versões nacionais novinhas de antigos álbuns do Wishbone Ash, Silverhead, Nektar, Jane, Guru Guru, Starz e mais uma porrada de bandas obscuras, tipo Coven, Bulldog, Ace e Osibisa. Cada disco custando o equivalente a uma coxinha de padaria!!! Nem preciso dizer que comprei tudo e saí da loja pulando como um babuíno adrenalizado. Minha namorada achou que eu tinha cheirado Detefon (risos).

Qual foi a melhor loja de discos que você já conheceu?

No Brasil, nenhuma loja chegou aos pés da saudosa Nuvem Nove. Além de ter discos inacreditáveis a preços justos, o atendimento ali era espetacular, principalmente do proprietário, o engraçadíssimo José Carlos Damiano, e sua esposa Júlia. Além disto, todos os vendedores que passaram por lá eram profundos conhecedores de música e uma figuraças, todos simpaticíssimos. Quer dizer, todos menos um. Tinha um panaca lá, fanático por Engenheiros do Hawaii, que certa vez me tratou muito mal por conta de uma crítica negativa que escrevi a respeito da banda favorita dele. Quando o José Carlos (Zé, para os íntimos) soube disto, passou uma descompostura tão elegante no tal funcionário que o mesmo passou a baixar a cabeça toda vez que eu entrava na loja.

Conte-me uma história triste na sua vida de colecionador.

A única tristeza foi a de ter me entusiasmado com o surgimento do CD e ter vendido uma boa quantidade de LPs para adquiri-los em sua versão digital. Por isto, arrependido, passei os anos seguintes recomprando estes discos. Graças a Deus, todos eles estão de volta às minhas estantes.

Como você organiza a sua coleção? Dê uma dica útil de como guardar a coleção para os nossos leitores.

Não tem segredo: ordem alfabética, seguida pela ordem de lançamento. Sem esse papo de “guardar por estilos”, “por décadas” ou o cacete a quatro. Isto acaba dando uma confusão dos diabos. A única dica que posso dar é que as pessoas devem manusear seus discos – sejam eles CDs ou LPs – com o
mesmo carinho que dedicam aos seus filhos. Só isso.

Além da música, que outros fatores o atraem em um disco?

A arte da capa, as pessoas envolvidas na produção – sou um fanático leitor de fichas técnicas – e o contexto histórico em que cada álbum foi concebido.

Quais são os itens mais raros da sua coleção?

Putz, pergunta difícil ... Hoje em dia, com o advento dos CDs e, principalmente, do download de MP3, o conceito de “raridade” caiu por terra. Até discos autografados por seus criadores deixaram de ter o devido valor. Creio que os mais raros sejam uma edição do Chega de Saudade, do João Gilberto, autografado pelo próprio e pelo Tom Jobim, que escreveu o texto da contracapa; as duas coletâneas dos Beatles – a vermelha e a azul – em vinis com as respectivas cores; o We’re na American Band, do Grand Funk, com a capa metalizada em dourado, vinil amarelo e os quatro adesivos originais lançados na época, que só existem 500 cópias no mundo; uma caixa de veludo de Chopin com 20 LPs que registram todas as obras que o compositor fez exclusivamente para piano; a edição em vinil original do Paebirú, do Zé Ramalho com o recentemente falecido Lula Cortês ...

Você tem ciúmes da sua coleção?

A palavra “ciúmes” talvez seja muito amena para definir o que sinto pelos meus discos. Não empresto nenhum deles para quem quer que seja. Quem é meu amigo e está a fim de ouvir algum disco que eu tenha, ganha um arquivo em MP3. Se for uma pessoa bem bacana, ganha uma cópia em CD-R, com capinha e tudo.

Quando você está em uma loja procurando discos, você tem algum método específico de pesquisa, alguma mania, na hora de comprar novos itens para a sua coleção?

Nenhum método. Vou olhando tudo, todos os gêneros, sem exceção. Pode ser um sebo sensacional ou uma lojinha humilde na periferia de qualquer cidade onde eu esteja. Tudo é olhado com calma e atenção. Afinal de contas, para quem já comprou discos raros em uma bijouteria em Ilhabela, nenhum local deve ser ignorado (risos).

O que significa ser um colecionador de discos?

Como escrevi anteriormente, o colecionador é aquele cara que compra tudo de um determinado artista ou banda, independente se o disco é bom ou ruim, se a edição é nacional, uruguaia, tailandesa ou marciana. Por isto, não sou um colecionador, já que eu jamais teria um disco que não gostasse. Já vi algumas vezes o raríssimo – e péssimo! - primeiro LP do Roberto Carlos, Louco por Você, que vale uma fábula, independente do seu estado. Porra, para quê vou comprar aquela merda? (risos)

Regis, o que mudou da época em que você começou a comprar discos para os dias de hoje, onde as lojas estão em extinção? Do que você sente saudade?

Mudou tudo. Literalmente. Salvo raríssimas exceções, não existem mais lojas de discos como no passado. O que você tem hoje em dia é um amontoado de discos em um determinado local, onde você é atendido por gente que está a fim de vender as suas tralhas o mais rápido possível e desencalhar o estoque. Sinto falta do atendimento personalizado feito por gente que entende do
assunto, que é capaz de chegar para você e dizer “Olha, este disco é muito ruim. Não o compre. Leve este outro, que é mais bacana”.

Você é um dos jornalistas musicais mais conhecidos e respeitados do Brasil. Como você vê o mercado brasileiro atualmente? O que há de melhor e o que há de pior na música hoje em dia?

Obrigado pelas palavras gentis. O mercado brasileiro de discos hoje em dia é uma piada. Os lançamentos se reduziram drasticamente – hoje, só os discos de medalhões, como U2, Iron Maiden e Coldplay, têm garantia de que receberão edições nacionais compatíveis com as versões importadas. Muitos artistas e bandas passaram a ser solenemente ignorados pelas poucas gravadoras que restaram no Brasil, incluindo aquelas especializadas em heavy metal, que sempre foram as mais profícuas em lançamentos.

O melhor dos dias atuais é a possibilidade de qualquer pessoa ouvir o que quiser dentro deste oceano de downloads e streamings. O pior é a quantidade de lixo que é lançado aqui e no mercado internacional com a única intenção de faturar milhares de dólares em cima da ignorância de uma juventude dominada por asnos adolescentes.

O que você acha desse papo de que música boa só existiu nos anos 1960 e 1970, e de que hoje não se faz música de qualidade?
A pessoa que diz uma asneira deste porte deve beber óleo de máquina de costura no café da manhã. Nunca houve uma época na história da humanidade em que se ouviu tanta música – boa e ruim, não importa aqui – quanto nos dias de hoje. Basta apenas que a preguiça e a má vontade sejam deixadas
de lado e que se tenha curiosidade em saber o que anda rolando em termos musicais no planeta. Esse papo de 'música boa era aquela do passado' serve apenas para alimentar o discurso de gente burra, preguiçosa e incompetente.

Qual é o melhor disco de 2011, até o momento?

Até agora, a melhor coisa que ouvi foi o mais recente disco do Dropkick Murphys, Going Out in Style.

Regis, muito obrigado pelo papo. Pra fechar, o que você está ouvindo e recomenda aos nossos leitores?

No exato momento em que respondo a estas perguntas, estou ouvindo uma ótima e obscura banda de rock and roll norueguesa, o Backstreet Girls. Os caras surgiram nos anos 80, estão na ativa até hoje e todos os seus discos são sensacionais!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Queen no Morumbi, 30 anos por Fabio Massari

Por Fabio Massari



Na festança de celebração dos 40 anos da banda inglesa Queen (que inclui dentre outras coisas novo contrato milionário e mais lançamentos e relançamentos vitaminados do catálogo discográfico), podemos contribuir levantando um brinde bem particular.
Há 30 anos (e alguns dias), em 20 de março de 1981, o Queen de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon se apresentava pela primeira vez no Brasil, no Estádio do Morumbi em São Paulo em apresentação hoje considerada histórica; a ideia de Freddie para essa inédita visita brasileira, inviabilizada por dificuldades da produção, era a de promover, além da data paulista, um evento gratuito no Rio de Janeiro, de preferência no Maracanã, para fazer valer seu plano de transformar a visita num “Carnaval do Queen”.
Esse não foi obviamente o primeiro show de rock internacional a acontecer por aqui. Santana, Alice Cooper, Rick Wakeman, Genesis e Peter Frampton já haviam feito a cabeça de muita gente em suas visitas de sucesso – lotação esgotada em ginásios do país e alegria quase desesperada de gerações de rockers praticamente virgens nessa dimensão ao vivo. E o divisor de águas nesse sentido do circuito internacional de shows só se mostraria em toda sua evidência uns anos depois, em 1985, com o advento do primeiro Rock in Rio (que aliás testemunhou outro triunfo da banda de Freddie Mercury, no embalo das suas transcendentes apresentações pós-Live Aid). Mas o concerto do Morumbi, além de forjar o caminho para as apresentações em grandes estádios de futebol, acabou por se impor como seminal e transformador para as gerações que o testemunharam e para aqueles que foram absorvendo ao longo dos anos as histórias e os registros daquela sexta-feira de rock no nosso quintal.


O Queen chegou ao Brasil com discos lançados e consumidos pela rapaziada (que se preparou para o evento basicamente decorando o petardo Live Killers, disco duplo ao vivo lançado em 1979), e com algumas canções circulando pelas ondas do rádio. A cobertura da imprensa foi ampla e entusiasmada, com grandes matérias em jornais e revistas; houve transmissão radiofônica e considerável cobertura televisiva. No dia seguinte, já circulavam os cassetes com a gravação da apresentação; algumas semanas depois, lá estava a banda na capa da revista norte-americana Hit Parader, todos felizes da vida em cenário brasileiro; os vídeos do show do Morumbi começaram a surgir um tempinho depois. Sendo a banda inglesa uma das mais colecionáveis (e pirateadas) da praça – apontados em dezembro de 2009 pela revista Record Collector como número 4 dentre os mais procurados pelos colecionadores, atrás só de Beatles, Stones e Bowie – , foi questão de pouco tempo para que os “produtos” derivados do show de 20 de março de 1981 começassem a circular. Alguns desses discos e/ou DVDs figuram com destaque dentre as preferências dos entusistas desse mercado alternativo.
Naqueles tempos de absoluta carência de eventos do tipo, ficar espremido por horas nas não-filas quilométricas que circulavam o estádio era pura diversão; assim como ouvir o espetacular anfitrião arriscar frases em português e, claro, iluminar o estádio com isqueiros na hora das baladas – a pergunta que não calava era porque tanta gente tem isqueiros à mão?
Segundo um jornal da época, eram 110 mil pessoas naquele dia de março de 1981 – para vários otimistas, eram 200 mil. A sensação é a de que eram milhões e os (simplórios para os padrões de hoje) efeitos visuais e sonoros (cores básicas, gelo seco e barulho de nave espacial) eram fantásticos, puro Spielberg. Ou Flash Gordon.

Naquele dia muita gente saiu da escola para ir ao show e no fim das contas tudo terminou numa aula – em apresentação esplendorosa, vibrante, o Queen veio para mostrar como se fazia, como eram as coisas nesse tal de rock das grandes esferas. No embalo suingado e muitas vêzes pesadão do seu hard rock glamuroso, o frontman cabuloso Freddie Mercury e seus comparsas acabaram por nos revelar todo um mundão de sensações e possibilidades. De alguma maneira, parecia que agora estávamos prontos para o que desse e viesse.
O setlist.
“We Will Rock You”
“Let Me Entertain You”
“Play The Game”
“Somebody To Love”
“I’m In Love With My Car”
“Get Down, Make Love”
“Need Your Loving Tonight”
“Save Me”
“Now I’m Here”
“Dragon Attack”
“Now I’m Here (Reprise)”
“Fat Bottomed Girls”
“Love Of My Life”
“Keep Yourself Alive”
(solos)
“Flash’s Theme”
“The Hero”
“Crazy Little Thing Called Love”
“Bohemian Rhapsody”
“Tie Your Mother Down”
“Another One Bites The Dust”
“Sheer Heart Attack”
“We Will Rock You”
“We Are The Champions”
“God Save The Queen”

sexta-feira, 18 de março de 2011

Meus “trios elétricos” são outros… por REGÍS TADEU

Por Regis Tadeu

http://colunistas.yahoo.net/posts/9216.html

É segunda-feira de Carnaval, que beleza! Estamos todos animados, pulamos muito na avenida, nos salões, distribuímos alegria a todos ao nosso redor, bebemos bastante, paqueramos, nos demos bem ou mal, todos com bracinhos pra cima, entoando canções memoráveis… Certo? Não, errado.
O quadro que você acabou de ler não tem nada a ver comigo e pode apostar, não tem a ver com uma infinidade de pessoas. Para mim, esse negócio de “só não vai atrás do trio elétrico quem já morreu” é uma babaquice inventada para tentar convencer aqueles que não se deixam enganar pelo Carnaval que é feito hoje no Brasil, um evento que nada mais é que a proliferação de uma alegria tão natural quando uma lona de barraca de pastel de feira. Mas não estou a fim de escrever sobre isto hoje para não estragar o meu bom humor, este sim um artigo genuinamente comprovado por todos que me conhecem…
O que desejo mostrar aqui é a possibilidade de irmos atrás de outros “trios elétricos”, estes sim verdadeiramente “trios” e genuinamente “elétricos”. É claro que não vou dar dicas a respeito de como curtir aberrações musicais como Chiclete com Banana, Asa de Águia e outras atrocidades. O negócio aqui é outro. Se você for esperto, curioso e inimigo da acomodação musical/cultural, certamente irá atrás dos trios elétricos que vou postar abaixo.
Rush
Cream
Jimi Hendrix Experience
Motörhead
Não dá para falar neste tipo de formação musical sem citar alguns ícones, mas coloquei algumas composições que pouca gente conhece a respeito destas bandas. Se você não está familiarizado com o som destes caras, é uma ótima oportunidade de ver e ouvir canções que não sejam as “clássicas”.
É o caso do Rush, por exemplo, que tem uma infinidade de canções antológicas, dentre as quais a pouco e belíssima conhecida balada – se é que podemos chamá-la assim “Different Strings” .

Da mesma forma, o Cream também tinha uma sensacional pérola escondida em seu repertório, que era “Desert Cities of the Heart”.

Até mesmo Jimi Hendrix teve ótimas canções que pouca gente deu bola, como “Long Hot Summer Night”.

O mesmo vale para o inigualável Motörhead na impagável “Dead Men Tell No Tales”.

Emerson, Lake & Palmer
Com uma formação diferente da tradicional guitarra/baixo/bateria, certos grupos nos anos 70 elevaram o conceito de “power trio” para um outro patamar, como foi o caso do Emerson, Lake & Palmer, que tanto popularizou a música de compositores eruditos – como Aaron Copeland, que teve a sua “Hoedown” transformada de maneira espetacular pelo trio

– como também compôs coisas maravilhosas e pouco conhecidas, como a portentosa “The Endless Enigma”.

De uma forma derivativa, mas não menos brilhante, o trio Triumvirat sabia eletrificar as coisas em “The Capital of Power”

e também tinha a habilidade de suavizar seu som, como na ótima “The Sweetest Sound of Liberty”,

ambas extraídas de seu mais lendário disco, Spartacus, de 1975.
James Gang
Dust (o atual Marky Ramone está à direita)
Mas tanto no passado quanto no presente existem trios elétricos fazendo um trabalho de ótima qualidade. Se antigamente tínhamos preciosidades como  o inacreditável Budgie e seu ‘arrasa-quarteirão’ “Breadfan”,

a James Gang – grupo que o guitarrista Joe Walsh capitaneava antes de ingressar no Eagles – arrasando com “Funk #49”,

o Mountain, liderado pelo carismático Leslie West e seu “cartão de visitas”, “Mississipi Queen”,

o pioneiro Blue Cheer – lembra da incrível versão que os caras fizeram em 1967 de “Summertime Blues”, de Eddie Cochran (relembre)?

– e o Dust, grupo de onde veio Marky Ramone, antes conhecido como Mark Bell, e sua maravilhosa “Learning to Die”.


Hoje em dia temos trios para todos os bons gostos, como o King’s X e sua excelente “Pray”

e o The Brew.

Patrulha do Espaço
Se você pensa que o próprio Brasil nunca produziu “trios elétricos”, está enganado. Como esquecer a lendária Patrulha do Espaço em “Columbia

e do novo Pata de Elefante?


É lógico que eu poderia escrever até a quarta-feira de Cinzas ininterruptamente para colocar aqui a infinidade de “trios elétricos” maravilhosos que toda a pessoa que despreza o Carnaval poderia seguir, mas isto seria uma tarefa hercúlea, da qual eu abro mão nestes dias de descanso. Por isto, recomendo que você aproveite as “folgas de Momo” e pesquise seus próprios trios. E não deixe de colocar as suas recomendações aí embaixo, no espaço destinado aos comentários. Afinal de contas, “só não vai atrás do trio elétrico quem já morreu”, certo?

 

A indústria dos relançamentos para 2011 - por KID VINIL

Por Kid Vinil 

http://colunistas.yahoo.net/posts/8920.html

Eu adoro comentar relançamentos de CDs de bandas que se tornaram clássicos do rock and roll. Passo boa parte do meu tempo pesquisando  os chamados “reissues” e hoje encontrei numa dessas lojas virtuais de CDs a notícia de que o Queen assinou um contrato milionário com a Universal Music Group da Inglaterra, depois de passarem quase 40 anos nas mãos da também britânica e poderosa gravadora EMI.
Para celebrar esse contrato, a Universal  Records colocará à disposição no mercado, a partir do dia 14 de março, os cinco primeiros álbuns do Queen remasterizados e dessa vez em edições duplas em CD. E lá vou eu mais uma vez comprar esses discos do Queen, que na verdade eu já tenho naquelas edições japonesas imitando a capa de um LP, lançadas no final dos anos 90. Como se não bastasse, na mesma época, adquiri uma caixa enorme com moldura, toda dourada contendo a coleção inteira do Queen em CDs também imitando discos de ouro. É muito requinte para um fã do Queen, mas acho que merecemos. E agora sem pestanejar acabo de fazer a minha pré-order dessas cinco edições duplas, que são:

QUEEN – 1973
O disco de estreia do Queen reaparece em sua nova edição dupla, no primeiro CD as 10 músicas originais e no segundo seus gravações inéditas, algumas delas retiradas de tapes de demonstração feitos em 1971 antes da gravação definitiva desse primeiro álbum.

Queen  II  – 1974
Nesses dois primeiros discos o Queen fazia uma mistura de glam rock do inicio dos anos 70 mixando com riffs pesados e os vocais intrigantes aliados ao visual do performático de  Freddie Mercury. A dose perfeita para uma banda que começava com um objetivo,  de acordo com o que seu vocalista dizia “Eu não serei  uma estrela,  serei  uma lenda”. A nova edição desse segundo disco do Queen traz cinco faixas bônus no segundo CD,  incluindo sessions para a radio BBC e gravações ao vivo inéditas de 1975.

SHEER HEART ATTACK – 1974
O Queen me foi apresentado no final de 1974 através desse disco que um amigo de escola  havia comprado e não parava de ouvi-lo. O álbum tornou-se o meu favorito de  toda carreira da banda. Nunca me esqueço da frase estampada na contra capa do disco No synthesizers, apenas pra deixar bem claro que tudo que foi executado no disco foi tocado de verdade pelos seus integrantes. No CD bônus mais sessions da BBC e gravações ao vivo de 1974/75.

A  NIGHT AT THE OPERA – 1975
Para muitos esse é considerado o grande clássico da carreira do Queen, muito disso pelo fato de trazer um dos singles mais vendidos de toda história do rock britânico. A música “Bohemian Raphsody “é um marco na história, permaneceu durante 9 semanas como a mais vendida em 1975. Além da estrutura musical que alia rock progressivo com heavy rock e pitadas clássicas, o vídeo também foi marcante e inovador para a linguagem do vídeo clip.E como se não bastasse esse hit, ainda teve uma das mais belas baladas de todos os tempos “Love Of My Life”.  No CD bônus mais seis faixas inéditas.

A DAY AT THE RACES – 1976
O quinto álbum do Queen nessa série de relançamentos e que fecha digamos uma primeira fase dessa carreira vitoriosa. Considero esses cinco primeiros discos essenciais e foi uma ótima estratégia de marketing da Universal relançar esses álbum em luxuosas edições duplas para comemorar a assinatura de contrato com a banda.  Aqui também encontramos outro hit potencial que foi “Somebody To Love” e no CD bônus um versão alternativa para a fabulosa “Tie Your Mother Down”, que abre o disco.
Dois outros relançamentos que recomendo são da banda Rainbow, o grupo que o guitarrista Ritchie Blackmore (ex-Deep Purple) montou junto com o vocalista Ronnie James Dio em 1975.
Dois dos melhores discos  do Rainbow estão saindo também em edições duplas, são eles:

RISING – 1976
Esse é o segundo disco da carreira do Rainbow e um de seus melhores álbuns. Nele Ritchie Blackmore conseguiu chegar mais próximo dos clássicos lançados com o Deep Purple. Na edição, que chega às lojas britanicas na semana que vem, o álbum que originalmente tinha apenas seis músicas, agora se estende para 12 músicas no primeiro CD e mais outras 7 novas versões no segundo CD.

DOWN TO EARTH – 1979
Nesse disco, Ritchie Blackmore reinventou o Rainbow e mudou quase toda formação, saia o vocalista Dio e entrava Graham Bonnet, e também era recrutado Roger Glover o ex-baixista do Deep Purple. Da formação anterior  ficaram apenas o próprio Ritchie Blackmore e o baterista Cozy Powell. No primeiro CD duas faixas inéditas, além das oito músicas originais lançadas  em Down To Earth, em 1979. No segundo, remixes e sobras de estúdio recuperadas da gravação do álbum.
Ainda dentro dessa estratégia de transformar  discos simples em luxuosas edições duplas temos um dos grupos pioneiros da chamada British Invasion da década de 60. O Kinks, uma das minhas bandas favoritas dessa safra do rock inglês da década de 60 volta com seus três primeiros álbuns em edição dupla, são eles:
THE KINKS – 1964
Apesar de não representar um páreo para os primeiros discos dos Beatles e dos Stones, esse disco de estréia dos Kinks trazia aquela que foi considerada recentemente pela revista inglesa “Q”  como a 15a das canções que mudaram o mundo, com o título “A canção que inventou o heavy metal”. A prova disso está nos riffs  nervosos de guitarra distorcida e ainda na regravação do Van Halen em 1978. O bom dessa reedição é que nos dois CDs são 28 músicas cada um pra fazer valer o investimento.

KINDA KINKS – 1965
No segundo CD dos Kinks, além das composições de Ray Davies uma regravação da clássica “Dancing In The Street”. Nessa edição dupla temos as 12 faixas originais no primeiro disco e mais 23 faixas bônus no segundo.
THE KINK KONTROVERSY – 1965
A cada disco o Kinks tonava-se uma banda mais madura e encontrava seu próprio estilo, longe de comparações com Beatles e Stones. Um dos  hits desse disco  foi a cultuada “Where Have All The Good Times Gone” regravada nos anos setenta por David Bowie no álbum Pin Ups. O primeiro CD traz o álbum como foi concebido e no segundo 17 faixas bônus.
Essa é a terceira vez que esses discos dos Kinks são reeditados em CD, as remasterizações dos anos 90 também ofereciam faixas bônus, mas nesse caso o numero de musicas é bem maior e pode valer a pena ir atrás dessas  edições duplas. Existem porém casos recentes de reedições que não valem a pena, como por exemplo a Sony que acaba de comprar o catálogo do Emerson Lake & Palmer, uma das mais importantes bandas britânicas do rock progressivo. A Sony inglesa colocou novamente no mercado os sete primeiros discos da banda, que eu considero obras essenciais do rock progressivo, porém as remasterizações são as mesmas lançadas pelo selo Castle nos anos noventa. Então, se você tem aquelas reedições antigas, esqueça esses remasters da Sony. Se não tiver,  vale a pena pelo preço, cerca de 6 libras cada um (por volta de 15 reais).
E por falar em cds por volta de 15 reais, vamos mudar o cenário e cair pro nosso Brasil, onde encontraremos nas bancas de jornais a coleção do fabuloso Tim Maia. Esse é um projeto imperdível, fico sempre esperando chegar a sexta-feira para correr na banda e pegar uma nova edição. Estamos no volume 4 Tim Maia Racional Vol 1, nesta sexta sai o Racional volume 2. Serão 15 discos, daquele que eu considero um dos maiores interpretes da soul music brasileira. Se você aprecia a boa música feita nesse país, corra na banca mais próxima enquanto é tempo e adquira esses discos de Tim Maia. O preço de 15 reais é bem justo para uma embalagem caprichada trazendo um belíssimo livreto ilustrado e o CD encartado.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Carnaval 2011. por Andreas Kisser .

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Mais um Carnaval se foi e a música foi a grande vencedora, não necessariamente por causa do samba, que é o ritmo e a razão de toda esta festa. Não existe nada igual em nenhuma parte do mundo, mas pelas escolhas dos temas das escolas campeãs dos dois maiores desfiles do Brasil, que ganharam os seus carnavais homenageando dois ícones da música brasileira: o rei Roberto Carlos, que foi tema da Beija Flor no Rio de Janeiro e o maestro João Carlos Martins, que foi o tema da Vai-Vai em São Paulo. Parabéns para as duas escolas que escolheram os dois músicos, ambos com histórias fantásticas de talento, perseverança e amor a música. Verdadeiras lições de vida que inspiram  à todos, principalmente àqueles que se encontram em becos sem saída ou se sentem desmotivados com os obstáculos que encontramos pelo caminho, sejam eles politicos, sentimentais ou físicos.
Eu não consegui acompanhar os desfiles pela televisão, isso por que eu fui convidado pra tocar em duas ocasiões diferentes. Graças à diversidade e riqueza da música brasileira, não é só de samba que o Carnaval sobrevive. Primeiro eu fui à Garanhus, no interior de Pernambuco, para participar da quarta edição do Garanhus Jazz Festival, uma excelente opção pra quem não curte os pulos do Carnaval. É a segunda vez que participo deste festival, o ano passado dividi o palco com a Up Town Blues, de Recife e com Tico Santa Cruz, do Detonautas. Fizemos alguns clássicos do Blues e algumas versões de temas de Raul Seixas, mais puxados para o Blues. Este ano, de novo com o Up Town Blues, tive o prazer de tocar com um fantástico guitarrista do estilo, Artur Menezes de Fortaleza. (http://www.myspace.com/arturmenezes)
Foi uma grande surpresa ver este guitarrista brasileiro com tanta técnica e “feeling” tocando em um nível altíssimo, um belo timbre e com presença de palco.




O Nordeste do Brasil mostra que é um celeiro de grandes nomes do Blues, eles somente tem que ter mais chances de virem tocar aqui no Sudeste e Sul do país para mostrarem a verdadeira força do estilo no Brasil. Os músico daqui da região já estão tocando por lá hà algum tempo, o Irmandade do Blues, de Santo André, mais uma vez foi uma das atrações principais do festival. Tem que haver mais itercâmbio entre os produtores e músicos para difundir mais o Blues pelo país. Pelo que vi, não devemos nada a ninguém quando o assunto é jamming. Parabéns ao Giovanni Papaléu, curador do festival e que luta muito para manter o estilo vivo na região.
Saindo de Garanhus, fui direto a Salvador, a convite da Margareth Menezes, para tocar no trio dela, uma experiência completamente nova na minha carreira. Fiquei muito honrado e feliz com o convite, principalmente porque nunca tinha passado o Carnaval na Bahia, um Carnaval de rua, eclético e com uma energia inacreditável. Eu já tinha tocado com ela na concha acústica de Salvador no ano passado e a jam foi espetacular, a banda dela é fantástica, excelentes músicos, de vasta experiência e muita, mas muita enregia. Foram 6 horas de circutio, sem parar! Eu nunca tinha visto nada igual, a banda sempre mantendo o ritmo e o nível alto de adrenalina, foi inacreditável. Toquei duas músicas, a “Quereres” de Caetano Veloso e “Qual é” do Marcelo D2. Ainda teve espaço para improvisar com “Smoke on the water” do Purple e com “Satisfaction” dos Stones.

É claro que os chatos de plantão, os cegos que não querem ver e os surdos que não querem escutar, vão criticar e falar mal das misturas, afinal é só o que sabem fazer, não importa. O radicalismo e a ignorância andam lado a lado e o Carnaval de Salvador, que também teve Will.I.Am, do Black Eyed Peas sendo DJ em cima de um trio, e o festival em Garanhus, mostram que na música tudo é possível, aqui não existem fronteiras nem estupidez, existe sim, união, crescimento, diversão e atitude. Foi um privilégio fazer parte destes dois fantásticos eventos, espero que no futuro aconteçam mais encontros como estes.
Obrigado Brasil!
Abraço e play it loud.
Andreas Kisser

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um tributo a Gary Moore - por Fabio Massari

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Com a morte de Robert William Gary Moore na semana passada, aos 58 anos, calou-se um dos mais icônicos gritos de torcida do rock das últimas décadas. Fosse para saudar a chegada do poderoso guitarrista de Belfast para outro concerto arrebatador ou para implorar que se demorasse mais um pouco, ou voltasse para mais um bis avassalador, o fato é que a galera sempre esteve presente e se divertindo e querendo mais.
Querendo mais e mais de Gary Moore, suas baladas intoxicantes e sua artilharia pesada de riffs e poses. Bluesrocker de curioso carisma, gravou duas dezenas de discos, estabeleceu centenas de conexões e parcerias bacanas, chegou algumas vezes às paradas de sucesso e, à sua maneira, foi fazer blues lá no pedaço do metal. Porque, afinal de contas, tudo se resumia a isso: para além das questões não-musicais ou estratificações mercadológicas, existia seu blues. E isso parecia-lhe bem suficiente.
Nesse tributo de Mondo Massari ao guitarrista visceral, uma seleção de discos que contam com sua ilustre e notável participação.
Skid Row – 34 Hours (1971)
Em 1968, aos 16 anos, Gary Moore passa a integrar o Skid Row, banda dublinesa de Brendan “Brush” Shiels – naquele momento praticamente os únicos capazes de rivalizar com os poderosos conterrâneos do Taste, de Rory Gallagher. O lendário Martin Birch (Fleetwood Mac, Deep Purple, Black Sabbath e Iron Maiden dentre muitos outros) foi o engenheiro de som desse segundo registro em longa duração da banda, gravado em 34 horas. No espírito da época, cruzava sonoridades e referências. Folk levemente psicodélico para as platéias mais progressivas do período. O jovem guitarrista tem seus primeiros momentos de brilho. A cena já percebe que esse vai dar trabalho. (Graças à banda de Sebastian Bach, esse velho Skid Row passou a ser eventualmente chamado de Skid Row UK)
Gary Moore Band – Grinding Stone (1973)
Essa algo subestimada estreia solo de Moore até merece as, digamos, reavaliações que tem conseguido ao longo dos anos. Nada mais justo para um disco que, possivelmente, buscava algum tipo de inspiração informal no clássico absoluto Astral Weeks, do conterrâneo modelar Van Morrison – sem suas pretensões transcendentes; mais como modelo de experimentação. Especulações à parte, tem algo de especial na alma desse boogie’n’roll cheio de graça.
Colosseum II – Electric Savage (1977)
Com a segunda versão da banda do baterista Jon Hiseman, GM gravou 3 discos de jazzrock da pesada.Electric Savage e War Dance, discos 2 e 3, bem similares, são de 1977. Faíscas, muita energia liberada na destilação sem dó das técnicas (e delírios) invejáveis dos músicos envolvidos. É possível que seja mesmo uma daquelas fusões meio excessivas – mas destaca-se, em vários momentos, a assinatura distinta do guitarrista Gary Moore que, por conta da sabedoria blueseira, parece colocar ordem na casa, ou pelo menos garantir alguns instantes de serenidade em meio à con(fusão).
Gary Moore – Back On The Streets (1979)
Considerado o primeiro disco solo de fato (por estar assinado só como Gary Moore), conta com participações ilustres dos chapas Phil Lynott e Brian Downey, da queridíssima banda Thin Lizzy. A balada hardrock “Parisienne Walkways” emplacou um top 10 na parada britânica de singles.
Thin Lizzy – Black Rose: A Rock Legend (1979)
Finalmente Gary Moore fica tempo o suficiente no superlativo combo de hardrock irlandês Thin Lizzy para gravar um disco. Emplacando de cara um segundo lugar na parada britânica de álbuns, esse nôno disco de estúdio da banda de Phil Lynott é uma espécie de disco-irmão de Back On The Streets - não seria estranho de maneira alguma vê-los juntos num pacote duplo. Você grava no meu que eu participo do seu… Pode não ser o mais bombástico da discografia do Thin Lizzy, mas figura dentre os prediletos de muitos fãs da banda. GM e Scott Gorham se acertam bonito nas tramas guitarrísticas; dá a impressão de que GM sempre tocou na banda. Axl Rose tatuou a capa desse disco no braço.
Gary Moore – Victims Of The Future (1984)
No começo dos anos 80, para surpresa mezzo geral GM se aproxima, via seu hardrock de matriz blueseira, do universo do metal. E se dá bem. Abre caminho na raça com seu vozeirão poderoso (nunca foi exatamente um vocalista versátil ou de técnica mirabolante, mas também nunca teve medo de se escancarar, arregaçar a garganta para dar o recado) e passa a atacar a guitarra com disposição invejável. Rifferama intensa, bluesmetal furioso. Sobra até para as baladas (aliás, GM sempre foi chegado numa). A famosa “Empty Rooms”, revisitada anos depois, é desse disco. “Murder In The Skies” e a faixa-título promovem discurso político. A cabulosa cover de “Shapes Of Things”, dos seminais Yardbirds, é destaque dessa bolacha – virou ítem obrigatório nas apresentações ao vivo.
A guitarra do mestre...
A guitarra do mestre...

Gary Moore – We Want Moore (1984)
Apesar de ter gravado muito e trabalhado em estúdio com centenas de músicos, GM era um ser da estrada. On the road sem parar, sempre que possível. Ao vivo era um daqueles músicos que pareciam se doar por completo. Cada apresentação como se sua vida dependesse daquilo (no caso do blues parece ser premissa), ou como se fosse a última. Herói da guitarra por natureza, comprendia a iconografia do ataque às seis cordas e se atirava de cabeça em solos carregados de emoção.
Lançado no segundo semestre de 1984, We Want Moore captura Gary e comparsas (Ian Paice do Purple na bateria) em rolê pelo planeta (EUA, Japão e Reino Unido) nos primeiros mêses daquele ano. Na foto da contra-capa do disco, GM é saudado por mais de 100 mil pessoas em Donington Park – dividiu o palco do lendário festival Monsters Of Rock desse ano com Van Halen, Ozzy Osbourne e ACDC dentre outros.
Live At The Marquee Club foi lançado em 1992, mas traz registro de apresentação de 1980 no mítico e diminuto clube londrino. Mas de fato pouco importa se são cento e tantos mil no autódromo ou trezentos no clube do Soho. A rotina de tristes baladas bluesy e pedradas com nomes sugestivos como “Nuclear Attack” e “Dallas Warhead” é a mesma; banda extenuada ao final, difícil sair indiferente.
Em 2003, o lançamento de Live At Monsters Of Rock parece fechar um ciclo. À frente de um power trio, GM se apresenta para as novas gerações na Hallam Arena de Sheffield – em data da turnê que leva o nome do festival. Yardbirds e Free estão no cardápio de covers; “Parisienne Walkways” em versão de quase 10 minutos encerra os trabalhos.
Gary Moore – Still Got The Blues (1990)
A idéia era ficar no sossêgo, sem pressões de mercado ou algo parecido, e fazer um disco de blues. Nada muito pretensioso. Virou um dos clássicos de sua carreira, possivelmente o de maior sucesso comercial. Albert King, Albert Collins, Nicky Hopkins e George Harrison são alguns dos discretos convidados. A famosa “Still Got The Blues (For You)” é desse disco. A dor de cabeça só apareceria em 2008, quando corte alemã deu parecer favorável à banda local Jud’s Gallery, que apontava plágio no solo da famosa canção. Mesmo negando absolutamente o conhecimento da gravação de 1974, GM teve que desenbolsar um dinheiro para os ilustres desconhecidos alemães. Daí não se falou mais nisso.
BBM – Around The Next Dream (1994)
Jack Bruce e Ginger Baker até que tentaram, mas não conseguiram arrastar Eric Clapton para um projeto de inéditas do Cream. Entra Gary Moore em cena e, a despeito das inevitáveis e algo cruéis comparações com o creme do bluesrock britânico sessentista, tudo se encaixa de modo bem decente. Uma das cozinhas mais espetaculares do rock de todos os tempos na retaguarda de um guitarrista com léxico bem particular – rifferama ácida e deliciosamente eloquente.
Gary Moore – Blues For Greeny (1995)
Peter Green e Jimi Hendrix eram os caras que faziam a cabeça do guitarrista Gary Moore. Nesse tributo ao mestre camarada Peter Green, GM visita o repertório do ex-Fleetwood Mac (na sua fase inicial, inglesa e essencialmente blueseira) empunhando a lendária Gibson Les Paul Standard 1959 que Green lhe emprestara ao deixar o Fleetwood Mac. GM chegou a comprá-la depois, por 100 libras; hoje é considerada por especialistas uma das mais valiosas do mundo.
Gary Moore – Bad For You Baby (2008)
O último de estúdio de Gary Moore. Mais de Moore se entregando ao seu blues; e uma bela cover de Al Kooper, “I Love You More Than You’ll Never Know”.
We Want Moore…

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O processo de gravação de um álbum Por Andreas Kisser

http://colunistas.yahoo.net/posts/8429.html



Desde o final do mês passado o Sepultura esta em estúdio em São Paulo gravando o novo disco. Este será o primeiro trabalho a ser lançado pelo selo Nuclear Blast, gravadora de grande tradição no metal mundial. Uma novidade nesta gravação é que estamos transmitindo parte deste processo ao vivo, pela TV Trama, de segunda a sexta, das 16h às 18h. Abrimos o canal, em live streaming, e durante estas duas horas, todos podem acompanhar o que esta acontecendo dentro do estúdio, sem cortes, ao vivo.
Está sendo uma experiência nova para todos e é muito interessante. De acordo com uma pesquisa que a própria TV Trama fez, esta é a segunda vez que uma banda abre o estúdio desta maneira, somente o Blur tinha feito isto há alguns anos.
Durante as duas horas em que o canal fica aberto, existe também um chat, onde as pessoas acompanham com seus comentários, sugestões e críticas. É engraçado notar que a grande maioria não tem a mínima noção do que é uma gravação de um disco, não sabe o porquê de certas coisas e já querem ver o material pronto, como se estivessem vendo um videoclipe. É claro que existem mil maneiras de se gravar um disco, desde a banda tocando ao vivo e tudo sendo gravando simultaneamente, até tudo ser gravado separadamente, inclusive utilizando vários estúdios diferentes.
Nos primórdios das gravações fonográficas, as bandas ficavam no estúdio tocando a mesma música dezenas de vezes até acharem o “take” perfeito. Elvis Presley, por exemplo, em suas primeiras gravações no lendário Sun Studios, fazia o registro desta maneira, tocando 50, 60 vezes a mesma canção, na procura desta performance perfeita. Era tudo muito orgânico, real e vivo, não haviam muitos truques, os músicos tinham que ser músicos mesmo, não havia enganação.
Eric Clapton gravou um disco ao vivo no estúdio, como nos velhos tempos, num disco com repertório de clássicos do blues, From the cradle é uma homenagem de Clapton ao estilo que “coletou” sua alma desde cedo.
Os Beatles, por outro lado, revolucionaram a maneira de se gravar, fazendo verdadeiros milagres numa época em que a tecnologia estava atrasada em relação à genialidade do produtor Sir George Martin. As ideias malucas de John Lennon e Paul McCarntey foram realizadas pela mente brilhante de Martin, um gênio dos estúdios. Acho também que a opção dos Beatles, de abandonarem prematuramente os palcos, deu uma certa liberdade de extrapolar dentro do estúdio, não se preocupando se daria para reproduzir ao vivo, no palco. No estúdio, tudo era possível. Os Beatles enriqueceram suas músicas com técnicas audaciosas, que deram a eles a possibilidade de gravar instrumetos extras, até orquestras, em relação ao número de canais disponíveis na mesa de gravação. Veja aqui.
O Metallica é uma banda que não tem medo de abrir as portas e mostrar o que acontece dentro de uma mega banda reconhecida mundialmente. Eu recomendo os dois filmes que eles fizeram e que mostraram o processo de gravação de dois álbums. O primeiro é o “A year and a half in the life of…”, que mostra as gravações do Black Album, o disco de metal de maior sucesso na história da música. Ali você sente os prazeres e desprazeres de fazer parte de um processo tão grandioso. O outro é o “Some kind of monster”, que mostra as gravações do péssimo St. Anger. Aqui fica exposto os problemas de relacionamento que podem afetar, e muito, a produção de um disco.
Hoje em dia é muito mais fácil fazer um disco, com a chegada do computador e seus “plug-ins” que podem repoduzir e imitar qualquer som de qualquer instrumento ou amplificador, o que , se não for bem utilizado, pode ser muito perigoso para o projeto, podendo deixar o trabalho muito mecânico, sem emoção.
No estúdio é onde você se conhece como músico, ouve os seus defeitos, os corrige e cresce. Os detalhes são discutidos à exaustão, arranjos, tipos de microfones, posição da bateria, afinação dos instrumentos; a ordem de tudo tem que ser muito bem planejada. Tudo isso não pode tirar o prazer de tocar, afinal é isso que uma gravação tem que captar, a energia do músico se expressando no seu momento mais mágico, um registro que vai ficar pra sempre, é uma grande responsabilidade mas é um grande prazer também. Este equilibrio é que faz de um disco um grande disco!
Acompanhe a gravação do novo disco do Sepultura na TV Trama.
Play it loud!
Andreas Kisser

A MÚSICA FAROESTE CABOCLO VAI VIRAR FILME.

Faroeste Caboclo em produção!

Uma das canções de rock mais inusitadas do país,”Faroeste Caboclo”, do inesquecível Renato Russo, ganhará as telas do cinema em 2011!
E para marcar o início desta ousada produção cinematográfica e explorar o rico universo dos 159 versos e 9 minutos de canção, o Yahoo! Brasil em parceria com a Gávea Filmes lança um projeto web colaborativo e inédito no país.
Neste portal, você poderá acompanhar muito mais do que apenas os bastidores, terá acesso a ensaios, entrevistas, matérias investigativas e curiosidades acerca do universo criado por Renato Russo na canção “Faroeste Caboclo”, terá a real oportunidade de fazer parte da construção deste filme através de concursos, enquetes e promoções, e, lógico, saberá em primeira mão as notícias exclusivas da produção, como a que vem a seguir…
Em primeira mão
João de Santo Cristo, Maria Lúcia e Jeremias, personagens centrais da trama de “Faroeste Caboclo” agora têm corpo e voz. O primeiro grande desafio desta adaptação cinematográfica foi concluído. Escolhemos o nosso elenco principal.
Fabrício Boliveira – João de Santo Cristo
soteropolitano, 28 anos, nem peixes, nem ascendente escorpião, o rapaz é touro, com provável ascendente em sagitário, carimbado por passagens no teatro, no cinema e na televisão, marcado pelo reggae e por uma ex-namorada siderada por Renato Russo.
Ísis Valverde – Maria Lúcia
belo-horizontina, 23 anos, duplo aquário, fã de Tim Maia, devotada atriz-revelação da televisão, entusiasmada com sua merecidíssima estreia no cinema e, suspeita de saber de cor a letra da canção “Faroeste Caboclo”.
Felipe Abib – Jeremias
carioca, 28 anos, sagitário ascendente em leão, formado pela Martins Pena e pela UniverCidade, gabaritado com os espetáculos “Pterodátilos”, “Corte Seco” e “Cachorro!” e influenciado por Led Zeppelin, Raul Seixas, Raimundos e, claro, Legião Urbana.

Faça parte do filme Faroeste Caboclo. Participe!

Já sonhou em ser artista de cinema? Quer atuar para as câmeras? Ou quem sabe, você é do tipo que simplesmente não desperdiça uma boa oportunidade de mostrar o seu talento? Então aproveite! Está no ar o primeiro concurso deste portal, o “Participe: Casting!“. Confira!
Você tem até o dia 27 de fevereiro para criar e publicar um vídeo de até 30 segundos com o seguinte desafio: convencer Maria Lúcia a não abandonar a festa.
Os seis melhores vídeos irão à votação popular aqui, neste site. O vencedor viajará para Brasília com tudo pago, a fim de integrar o elenco em um dia de filmagem.

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