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BEM VINDOS AO BLOG DO SÃO ROCK


Nossa História

Em junho de 2005, seis amigos se reuniram para comemorar seus aniversários, que por coincidência dos deuses do rock, eram todos na mesma semana. Resolveram chamar a banda de um amigo de Crato (Michel Macêdo, da Glory Fate). Também chamaram duas bandas locais (SKP e ET Heads), e fizeram a trilha sonora desta festa, que a princípio era exclusiva a aniversariantes e seus amigos. Sem querer, nascia ali o festival SÃO ROCK – o dia em que o rock foi pro brejo!
O sucesso da primeira edição obrigou uma continuação. Dois anos depois, já em 2007, veio a segunda edição, agora com a participação de bandas de Fortaleza, e aberto ao público. O sucesso consolidou o evento, e perpetuou essa data no calendário do rock cearense.
Pelo festival já passaram nomes de peso no cenário cearense, como Artur Menezes, Felipe Cazaux, Caco de Vidro, banda One, Killer Queen, Glory Fate, Zeppelin Blues, Renegados, banda Void e tantos outros que abrilhantaram noites inesquecíveis, regadas à amizade, alegria e o bom e velho rock´n´roll.
Hoje, o que se iniciou com um simples aniversário, tomou enormes proporções, estendendo seus ramos, diversificando os estilos e abrindo espaço para mais e mais bandas que querem mostrar seu talento em nossa terra. Agora são duas noites de festival, além da Caldeira do Rock, que leva bandas alternativas para a praça pública, numa celebração maravilhosa, onde congregamos amigos de todas as cidades circunvizinhas e de outros estados, irmanados pelo amor ao rock.
Não para por aí. Queremos tornar o São Rock uma marca que não promova apenas um festival anual, mas que seja um verdadeiro tablado que promova eventos de rock durante todo o ano! Assim, poderemos desfrutar do convívio saudável e também marcar nossa presença, dizer que temos voz e vez, numa cultura tão massificada por músicas desprezíveis e por gêneros impostos ao povo! Fomos, somos e sempre seremos roqueiros!
Portanto, venha participar dessa irmandade, apóie, divulgue, patrocine essa idéia, e seja mais um que ajuda a construir esse espaço!

Esse é o BLOG oficial do festival SÃO ROCK, que ocorre todo ano em Brejo Santo - Ceará. Criado "acidentalmente" por aniversariantes que comemoram na mesma semana e que se uniram para fazer uma única celebração voltada ao nosso gosto músical o ROCK. Além disso o blog divulga noticias e eventos nacionais e internacionais, além de ajudar na promoção cultural da região. Sobre tudo é uma apologia a amizade.




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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O processo de gravação de um álbum Por Andreas Kisser

http://colunistas.yahoo.net/posts/8429.html



Desde o final do mês passado o Sepultura esta em estúdio em São Paulo gravando o novo disco. Este será o primeiro trabalho a ser lançado pelo selo Nuclear Blast, gravadora de grande tradição no metal mundial. Uma novidade nesta gravação é que estamos transmitindo parte deste processo ao vivo, pela TV Trama, de segunda a sexta, das 16h às 18h. Abrimos o canal, em live streaming, e durante estas duas horas, todos podem acompanhar o que esta acontecendo dentro do estúdio, sem cortes, ao vivo.
Está sendo uma experiência nova para todos e é muito interessante. De acordo com uma pesquisa que a própria TV Trama fez, esta é a segunda vez que uma banda abre o estúdio desta maneira, somente o Blur tinha feito isto há alguns anos.
Durante as duas horas em que o canal fica aberto, existe também um chat, onde as pessoas acompanham com seus comentários, sugestões e críticas. É engraçado notar que a grande maioria não tem a mínima noção do que é uma gravação de um disco, não sabe o porquê de certas coisas e já querem ver o material pronto, como se estivessem vendo um videoclipe. É claro que existem mil maneiras de se gravar um disco, desde a banda tocando ao vivo e tudo sendo gravando simultaneamente, até tudo ser gravado separadamente, inclusive utilizando vários estúdios diferentes.
Nos primórdios das gravações fonográficas, as bandas ficavam no estúdio tocando a mesma música dezenas de vezes até acharem o “take” perfeito. Elvis Presley, por exemplo, em suas primeiras gravações no lendário Sun Studios, fazia o registro desta maneira, tocando 50, 60 vezes a mesma canção, na procura desta performance perfeita. Era tudo muito orgânico, real e vivo, não haviam muitos truques, os músicos tinham que ser músicos mesmo, não havia enganação.
Eric Clapton gravou um disco ao vivo no estúdio, como nos velhos tempos, num disco com repertório de clássicos do blues, From the cradle é uma homenagem de Clapton ao estilo que “coletou” sua alma desde cedo.
Os Beatles, por outro lado, revolucionaram a maneira de se gravar, fazendo verdadeiros milagres numa época em que a tecnologia estava atrasada em relação à genialidade do produtor Sir George Martin. As ideias malucas de John Lennon e Paul McCarntey foram realizadas pela mente brilhante de Martin, um gênio dos estúdios. Acho também que a opção dos Beatles, de abandonarem prematuramente os palcos, deu uma certa liberdade de extrapolar dentro do estúdio, não se preocupando se daria para reproduzir ao vivo, no palco. No estúdio, tudo era possível. Os Beatles enriqueceram suas músicas com técnicas audaciosas, que deram a eles a possibilidade de gravar instrumetos extras, até orquestras, em relação ao número de canais disponíveis na mesa de gravação. Veja aqui.
O Metallica é uma banda que não tem medo de abrir as portas e mostrar o que acontece dentro de uma mega banda reconhecida mundialmente. Eu recomendo os dois filmes que eles fizeram e que mostraram o processo de gravação de dois álbums. O primeiro é o “A year and a half in the life of…”, que mostra as gravações do Black Album, o disco de metal de maior sucesso na história da música. Ali você sente os prazeres e desprazeres de fazer parte de um processo tão grandioso. O outro é o “Some kind of monster”, que mostra as gravações do péssimo St. Anger. Aqui fica exposto os problemas de relacionamento que podem afetar, e muito, a produção de um disco.
Hoje em dia é muito mais fácil fazer um disco, com a chegada do computador e seus “plug-ins” que podem repoduzir e imitar qualquer som de qualquer instrumento ou amplificador, o que , se não for bem utilizado, pode ser muito perigoso para o projeto, podendo deixar o trabalho muito mecânico, sem emoção.
No estúdio é onde você se conhece como músico, ouve os seus defeitos, os corrige e cresce. Os detalhes são discutidos à exaustão, arranjos, tipos de microfones, posição da bateria, afinação dos instrumentos; a ordem de tudo tem que ser muito bem planejada. Tudo isso não pode tirar o prazer de tocar, afinal é isso que uma gravação tem que captar, a energia do músico se expressando no seu momento mais mágico, um registro que vai ficar pra sempre, é uma grande responsabilidade mas é um grande prazer também. Este equilibrio é que faz de um disco um grande disco!
Acompanhe a gravação do novo disco do Sepultura na TV Trama.
Play it loud!
Andreas Kisser

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