Em setembro, Arnaldo Antunes completou 50 anos, publicou o livro de poemas n.d.a, faz sucesso com o projeto infantil Pequeno Cidadão e acaba de lançar o DVD Ao Vivo Lá em Casa, gravado no terraço de sua casa. É o resultado de um ano de um artista que poderia já colocar o pé no freio, mas, longe disso, prefere não parar de acelerar.
Ao Vivo Lá em Casa, um especial feito para o canal pago VH1, é uma espécie de coroamento de um dos principais anos da carreira do ex-titã "Estava montando o repertório, ouvi a música e achei que renderia um bom arranjo, então adaptei para a linguagem do Iê, Iê, Iê. Temos de quebrar fronteiras entre os gêneros; gosto de fazer traduções criativas", disse o cantor ao Destak.
Pela laje de Arnaldo passaram convidados como Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor, todos ídolos do músico. "Com Jorge, eu queria muito regravar 'Árvores'. Já o Erasmo é o pai do Iê, Iê, Iê; por coincidência, lancei o CD enquanto ele viajava com a turnê de Rock 'N' Roll. Foi interessante até simbolicamente", afirmou o músico.
Do encontro com Erasmo surgiu um convite para fazer uma música com o Tremendão, histórico parceiro de Roberto Carlos. "Quando existe afinidade e admiração mútua, a gente acaba encontrando as pessoas certas. Gosto quando acontece naturalmente", disse.
Para manter o pé no acelerador, Arnaldo tem ouvidos atentos não apenas aos seus ídolos ou aos músicos de sua geração. Olha para os que estão nascendo, os que o viram, pela TV, surgir nos Titãs.
"Acompanho com curiosidade o que acontece de novo. Gosto de Marcelo Jeneci, Céu, Cidadão Instigado. A internet também ajuda e cria um público próprio, como o da Mallu Magalhães", avalia o acelerado Arnaldo.
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Arnaldo Antunes gravou DVD na laje de casa com a companhia de Edgard Scandurra (à esq.) e convidados
divulgação
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