Sublime with Rome revive ska dos anos 90 no Festival de Música SWU
Banda tocou todos os hits da carreira, como 'Santeria' e 'Wrong way'.
Festival terá ainda Joss Stone e Kings of Leon neste domingo (10).
SWU (Foto: Flavio Moraes/G1)
Vestindo uma camista do grupo de rap proto-gangsta N.W.A. e acompanhados pelos fãs como coro de apoio, Rome cantou faixas como “40 oz. to freedom”, “Wrong way”, “Smoke to joints” e a versão reggae de “Summertime”, de George Gershwin. Para o final da apresentação ficaram os dois maiores sucessos do grupo, “What I got” e “Santeria”.
Teatro Mágico e Tulipa Ruiz
Com pouco tempo disponível no palco, o Teatro Mágico não economizou na parte circense da sua apresentação, que começou atrasada após o cancelamento do show de Iló Ferreira.
A banda liderada por Fernando Anitelli contou com acrobacias, cuspidores de fogo e cambalhotas, além de um público fiel que cantou todas as músicas durante o show que abriu o Palco Ar no SWU.
No Palco Oi, dedicado às bandas indies, cantora Tulipa Ruiz demonstrou já ter um número significativo de fãs, que lotaram a tenda, cantaram e dançaram juntos canções como “Efêmera”, “Só sei dançar com você”, “Às vezes”.
Rage Against the Machine injeta fúria no Festival SWU
Show da banda norte-americana teve de parar duas vezes para acalmar fãs.
No palco, Zack de La Rocha distribuiu sorrisos e dedicou faixa ao MST.
Machine no SWU (Foto: Flavio Moraes/G1)
Quatro músicas após o início da apresentação, ocorrida às 22h20 deste sábado (9), o vocalista Zack de la Rocha teve de interromper o show pela primeira vez depois que fãs da primeira fila da pista Premium forçaram a barricada que separava o público do fosso do palco e tentaram invadir a área. Diversas pessoas tiveram de ser retiradas à força pelos seguranças e ao menos quatro foram atendidas no Posto Médico do festival.
Mas apesar dos pedidos de Zack de la Rocha para que os fãs se acalmassem e dessem um passo atrás, a característica explosiva e combativa do som do Rage Against the Machine - que defende bandeiras de revoluções políticas sociais contra o sistema capitalista - foi suficiente para incendiar novamente o público minutos após o reinício do show. A banda tocou mais duas músicas e teve de fazer nova pausa enquanto a organização reforçava as barricadas com barras de ferro de apoio.
Dali em diante, o Rage não parou mais - e nem poderia, sob o risco de o público se exaltar e provocar um estrago ainda maior. Ao longo dos cerca de 40 minutos restantes de show, o clima continuou tenso entre fãs e seguranças.
distribuiu sorrisos (Foto: Flavio Moraes/G1)
De volta aos palcos em turnê mundial, a banda não demonstra cansaço: continuam lá os berros guturais de Zack, a guitarra virtuosa de Morelo e a cozinha pulsante de Brad Wilk e Tim Commerford.
Por fim, ainda que a tônica do SWU seja de sustentabilidade, o Rage Against the Machine não fez concessões em seu engajamento: dedicou a faixa "People of the sun" aos "nossos amigos" do Movimento Sem Terra brasileiro, disparou um trecho do hino da Internacional Comunista antes do bis - fechado com as clássicas "Freedom" e "Killing in the name" -, e se despediu dos fãs de punhos cerrados repetindo o gesto dos Panteras Negras sob uma salva de aplausos, urros e uma chuva de sapatos, chinelos e CDs atirados pelos fãs contra o palco.
Se era rebeldia que eles queriam promover, conseguiram.
De pés descalços, Joss Stone coloca o público para pular em Itu
Cantora britânica foi uma das principais atrações do SWU no domingo (10).
Noite teve ainda artistas como Sublime e Regina Spektor.
Flavio Moraes/ G1)
Durante a apresentação, a jovem carismática fez questão de interagir com a plateia, formado em sua maioria por casais. “Sabia que vocês eram um povo apaixonado, mas…”, brincou, ao ver um preservativo voando pelo palco.
Em outro momento, pegou uma bandeira do Brasil e a enrolou no pedestal do microfone. Com o vento, ele insistia em cair, o que fazia Joss brincar de hipnotizar o objeto o tempo inteiro.
A cantora russa Regina Spektor, durante 1h de apresentação, fez praticamente um show na “raça”. Com problemas de retorno durante o tempo todo, ela passou o concerto trocando sinais com o engenheiro de som, ora levantando o indicador para aumentar sua voz, ora apontando para o piano, pedindo que ele soasse mais alto.
Agradecida pelo carinho dos casais que preencheram a frente do palco, a cantora repetia “obrigada” a cada canção e se mostrou surpresa com a reação do público perante faixas como “Samson”, “On the radio”, “Us” e “Dance anthem of the 80’s”.
Divertida, Regina também brincou com o frio ituano. “Da próxima vez espero vir quando estiver calor”.
Dave Matthews Band encara multidão no SWU
Sempre engajado em questões políticas e ligadas ao meio-ambiente, o próprio Dave Matthews chegou a participar de algumas campanhas sobre sustentabilidade promovidas pelos organizadores.
Contando com o formato do festival, a banda fez um setlist mais reduzido do que o habitual, mas mesmo assim colocou todo mundo para dançar. Canções Shake Me, Seven e You and Me ajudaram os fãs a espantarem um pouquinho do frio na Maeda. O grupo também mostrou músicas como Crash e Cornbread.
Já na questão musical, o virtuoso grupo segue sempre ensaiado e com uma química invejável no palco. Conduzidos por Dave Matthews, os integrantes mostram sua interação tanto nos momentos mais "caóticos" quanto no pontos trabalhados em melodias mais tranquilas.
Kings of Leon faz show de 1h no SWU, mas público queria apenas "Use Somebody"
O Kings of Leon, atração principal deste domingo (10) no festival SWU Music and Arts Festival, poderia ter entrado no palco para tocar "Use Somebody" e ir embora. Seu público sairia satisfeito apenas com essa música, que a banda colocou no final do repertório e deixou quase todos esperando para cantar junto durante pouco mais de uma hora de show. Os outros três discos da família Followill passaram despercebidos pela plateia.O grupo encerrou a programação do Palco Água frente a uma multidão, na qual dois públicos do Kings of Leon eram facilmente reconhecidos: aqueles que só conhecem "Use Somebody" e o hit premiado com o Grammy "Sex On Fire", e os fãs de carteirinha que quase se recusam a cantar essas duas músicas para provar que não são fãs apenas por causa desse hits.
A banda, conhecida pela postura apática e pelas exigências em seus shows --proibiram que os fotógrafos da imprensa se posicionassem em frente ao centro do palco e exigiram que as imagens exibidas no telão fossem em preto e branco--, até tentou interagir mais com o público, mas só recebeu retorno quando tocaram as músicas de "Only By The Night", disco de 2008.
Canções mais antigas, como "Molly's Chambers", rendiam tamanha distração para a plateia que havia pessoas de costas para o palco. Se as músicas dos discos anteriores foram ignoradas, as novas foram recebidas com frieza semelhante a que fazia nesta noite na Fazenda Maeda --cerca de 10ºC. Como prometido, o Kings of Leon deu amostras do que virá em "Come Around Sundown", o novo trabalho previsto para sair no final deste mês.
Como adiantou o vocalista e guitarrista Caleb Followill em entrevista a jornalistas em São Paulo, na última sexta-feira (8), as faixas inéditas parece mesmo que não serão absorvidas tão imediatamente quanto o restante da discografia. Ou de "Only By Night". Depois de "Use Somebody" a plateia foi esvaziando-se potencialmente. Poucos ficaram para ouvir a última música, "Black Thumbnail".
Cavalera Conspiracy traz peso ao SWU
Apresentação é a primeira de Max e Iggor Cavalera no Brasil desde 1996.
Já os fãs do Yo La Tengo sofreram com o som baixo durante o show.
(Foto: Flávio Moraes/G1)
Apesar de 2/3 do repertório ter sido dedicado às faixas do Cavalera Conspiracy, mais recente projeto da dupla, o show teve faixas do Sepultura, incluindo “Refuse, resist”, “Troops of doom”, “Attitude” e “Roots bloody roots”. O repertório de cerca de 50 minutos teve ainda a faixa “Hearts of darkness”, do Cavalera Conspiracy, que Max disse ter apelidado de “Iron Maiden”, e uma inédita do projeto dos Cavalera chamada “Warlords”. Segundo o vocalista, o segundo álbum do grupo deve sair no próximo ano.
O Cavalera Conspiracy é um dos padrinhos da nova geração de metaleiros que passa pelos palcos do festival nesta segunda-feira.
Max Cavalera fez as vezes de animador do público desde o início, pedindo palmas e inclusive "dirigindo" os fãs à beira do palco.
Yo La Tengo
Os fãs do trio de indie rock americano Yo La Tengo sofreram com o som baixo durante a apresentação do grupo às 17h desta segunda no Palco Ar do SWU.
Tocando clássicos cult como “Tom Courtenay” e “Sugarcube”, o grupo fez uma apresentação de 40 minutos, com direito a uma jam cheia de microfonias do final que incluiu o vocalista e guitarrista Ira Kaplan destruindo as cordas de uma de suas guitarras. Apesar da promessa de deixar as faixas mais lentas de fora, o repertório contou com a balada-kraut "Autumn sweater”, só com bateria e teclados.
Lucas Medina, que carregava uma placa de papelão com o nome da banda ao lado de um coração, disse que “esperava esse show há dez anos”, reclamou do som baixo e da hostilidade de alguns fãs do Linkin Park que já se concentram na frente do palco, que chegaram a vaiar o Yo La Tengo. “Eu era o único que estava curtindo”, lamentou.
Queens of the Stone Age compensa atraso com set de peso no SWU
Após 50 minutos de atraso, o grupo abriu o show com 'Feel good'.
O vocalista, Josh Homme, elogiou a plateia com um 'Que noite maravilhosa'.
A banda liderada por Josh Homme abriu a apresentação com as duas primeiras faixas de seu álbum “Rated R”, de 2000: “Feel good (Hit of the summer)” e “Lost art of keeping a secret”. A primeira música tem apenas um verso: “Nicotina, valium, vicodin, maconha, ecstasy e álcool. Cocaína…”
Soltando vários “obrigado” em português durante a apresentação, Homme elogiou a plateia apóes “Headache” – ”Que noite maravilhosa”, disse.
Diferente da primeira vez da banda no Brasil, em 2001 no Rock in Rio, quando o então baixista Nick Olivieri foi preso após o show por tocar nu, o mais perto de um strip-tease que se viu na congelante última noite do SWU foi quando Homme tirou sua jaqueta e cachecol depois de “Sick sick sick”. “Com licença, mas preciso tirar uma coisa”, anunciou.
A apresentação sofreu atraso de quase uma hora por conta de uma falha técnica, segundo relatou um membro da produção. Antes que a banda subisse ao palco, fãs da pista comum voltaram a forçar a barreira de proteção que os separava da pista Premium e protestaram contra a organização do festival.
Pixies toca para público de maior média de idade da noite
O quarteto americano abriu a sua apresentação com “Bone machine”
Grupo teve problemas de som no início da performance.
Com os mesmos problemas de som (baixo) que seus colegas de geração do Yo La Tengo enfrentaram mais cedo, o quarteto americano abriu a sua apresentação com “Bone machine”. A banda abriu a apresentação com a faixa “Bone machine”, do álbum “Surfer rosa”.
Como o Yo La Tengo, a banda, um dos nomes mais influentes do rock alternativo americano, destoa completamente de bandas mais pesadas que passaram pelos palcos principais hoje, como Cavalera Conspiracy e Avenged Sevenfold.
Grande parte do repertório do grupo (11 faixas) veio do álbum “Doolittle”, de 1989 – a escolha foi influenciada por uma turnê recente do grupo nos EUA apresentando o álbum na íntegra.
Toda a comunicação com a plateia aconteceu através da baixista Kim Deal. “Esta é a nossa primeira vez em São Paulo”, disse a artista em português, “obrigado”.
“Senhoras e senhores, eu apresento o senhor David Lovering”, anunciou a simpática Deal antes de “La la love you”, cantada pelo baterista. Além de músicas como “Debaser” e “Wave of mutilation”, o set do quarteto trouxe faixas dos anos 90, como “Velouria” e “Allison”.
Após pouco mais de 20 músicas tocadas, o grupo começou a se despedir, mas foi levado de volta aos instrumentos pelos fãs que pediam insistentemente a balada “Where is my mind”. Lovering brincou com a plateia, fingindo que teria machucado um dedo, mas sarou instantaneamente beijando a falange “ferida”.
Para encerrar o show, uma versão violenta de “Planet of sound”, a solicitada “Where is my mind” (com o vocalista Frank Black com cara de tédio) e “Gigantic”, cantada por Deal. Para fechar a noite, a baixista foi dando boa noite para cada um dos membros do grupo: “Eu vou para a cama logo depois do show. Você vai, Charles?”, perguntou a Black, que fez que não tão violentamente com a cabeça que derrubou seu óculos. “Boa noite, Kim!”, respondeu.
(O setlist final do Pixies teve ordem diferente do repertório divulgado anteriormente pelo G1. Confira abaixo o setlist final)
1 – “Bone machine”
2 – “Isla de encanta”
3 – “Tame”
4 – “Broken face”
5 – “Vamos
6 – “Debaser”
7 – “Wave of mutilation”
8 – “Here comes your man”
9 – “Monkey gone to heaven”
10 – “Mr. Grieves”
11 – “Crackity Jones”
12 – “Caribou”
13 – “La la love you”
14 – “No. 13 baby”
15 – “Gouge away”
16 – Velouria”
17 – “Dig for fire”
18 – “Allison”
19 – “Hey”
20 -”U-Mass”
21 – “Vamos”
Bis
1 – “Planet of sound”
2 – “Where is my mind”
3 – “Gigantic”
Com Avenged e Linkin Park, metal abafa o indie na última noite do SWU
Maior número de fãs e som mais potente favoreceram bandas pesadas.
Espremidos contra as grades de proteção desde o início da tarde para ver os ídolos, fãs do Avenged Sevenfold transformaram expectativa em histeria instantânea tão logo os californianos pisaram no palco, abrindo o show com "Nightmare", faixa-título de seu último álbum.
De óculos escuros e pulando de um lado para o outro com trejeitos de Axl Rose, o vocalista M. Shadows comandou a multidão de cima de uma plataforma que atravessava todo o palco."Vocês estão com frio?", perguntou à certa altura, só para receber a resposta negativa dos fãs apesar da gélida noite ituana.
Com o baterista Mike Portnoy, recém-saído da banda Dream Theater, entre os seus integrantes, a banda de metalcore e hard rock incluiu no repertório hits de toda a carreira, incluindo "Unholy confessions", do álbum "Waking the fallen" (2003), "Afterlife", de "Avenged Sevenfold" (2007) e "Buried alive", do mais recente, "Nightmare" (2010).
Se fosse possível contabilizar o sucesso do grupo em número de atendimentos nos postos médicos do festival, o Avenged seria o principal nome de todos os três dias do evento. Apenas na primeira meia hora do show, a reportagem do G1 contou pelo menos 20 pessoas sendo atendidas em três postos médicos diferentes no festival, por desmaios e mal-estar sofridos com o empurra-empurra dos fãs.
Com repertório novo, Linkin Park esfria ânimos no SWU
Novas músicas ainda não pareciam estar na boca da maioria dos fãs.
Grupo reanimau o público tocando hits como 'Numb' e 'In the end'.
A “culpa” foi das músicas novas do grupo, parte do recém-lançado álbum “A thousand suns”, que, além de mais hermético do que os trabalhos anteriores do Linkin Park, ainda não parecia estar na boca da maioria dos fãs da banda. Em determinado momento, o vocalista Chester Bennington tentou ensinar o coro de uma das novas faixas da banda, conseguindo uma resposta ainda tímida do público – provavelmente se o show tivesse acontecido daqui seis meses a reação tivesse sido bem diferente.
Ainda assim, o Linkin Park conseguiu reanimar o público tocando os principais hits de seus dois primeiros discos, “Hybrid theory” e “Meteora”. Foi o caso com faixas como “Numb”, “Crawling” e “In the end”. A partir da metade do show, a banda emendou hits conhecidos por qualquer um que tenha ouvido qualquer rádio FM nos últimos cinco anos, como “One step closer”, “What I’ve done” e “Crawling”. O volume de áudio do show, mais alto do que outros da noite, chegou a fazer disparar o alarme de carros estacionados na área do festival.
Conferido por diversos adolescentes e pré-adolescentes acompanhados de seus pais, o clima geral foi tão tranquilo que Bennington chegou a descer duas vezes do palco para a galera e conseguei retornar ao palco sempre sem nenhum arranhão – algo que provavelmente não teria acontecido em shows mais caóticos como o do Avenged Sevenfold, nesta noite, e o do Rage Against the Machine, no sábado.
CONFIRAM OS VÍDEOS DO SWU
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